São Paulo – Com o céu fechado e uma garoa fina se alternando com momentos de chuva mais forte, os blocos de rua em São Paulo ficaram menos cheios do que o normal no pré-Carnaval da cidade, neste sábado (11/2). Quem não se importou com a água pôde ficar bem perto dos trios elétricos sem ficar amontoado e tirar o atraso de dois anos sem festa por causa da Covid-19.
O esquema proposto pela prefeitura neste ano, com pontos de acesso cercados por gradis e esquema de revista dos foliões, deu ares de festival de música aos blocos, em um esquema “gourmet”: distribuição de brindes como óculos, bonés e tubos de glitter biodegradável feito por marcas de cerveja, cosméticos e aplicativos de entrega nos pontos de acesso e corredores de vendedores ambulantes – que ficaram frustrados pelo público menor por causa da chuva.
Em Pinheiros, na zona oeste, o bloco Casa Comigo reuniu um público que se esforçou para o tempo úmido não estragar a festa.
“A chuva derreteu um pouco a maquiagem e a gente fica com essa cara de palhaço ou de panda, mas já não teve Carnaval direito desde a pandemia e a gente veio aproveitar”, contou a representante comercial Fernanda César, de 29 anos.
Confira a programação dos blocos de Carnaval em São Paulo.
No centro, sem esquemas de revista e sem o mesmo patrocínio de marcas famosas, as marquises de lojas acabaram servindo de abrigo nos momentos de chuva mais intensa.
No bloco Desculpa Qualquer Coisa, que desceu a Rua Augusta, nem o piso escorregadio desanimou. “A chuva passa, mas a vontade de curtir, não”, disse o analista Diogo Lopes, de 33 anos, que havia vindo do Butantã, na zona oeste, para seguir o bloco com um grupo de amigos.
A cidade ainda teve neste sábado os concorridos blocos Sargento Pimenta, que faz versões carnavalescas de músicas dos Beatles; Estado de Folia, com Chico César e Zeca Baleiro; e Bicho Maluco Beleza, com Alceu Valença.
