São Paulo — O funeral da policial civil Milene Bagalho Estevam, 39 anos, na tarde deste domingo (17/12), foi marcado pela presença de dezenas de viaturas e centenas de colegas da corporação (foto em destaque). Ela foi morta na noite de sábado (16/12) após ser baleada por um empresário nos Jardins, bairro nobre de São Paulo.
Durante o velório, realizado no Crematório da Vila Alpina, muitos policiais civis choravam e outros, comovidos, mal conseguiam falar com a imprensa. As viaturas seguiram em cortejo do local onde o corpo foi velado até o cemitério, uma distância de cerca de 500 metros. As sirenes foram ligadas e o trânsito foi fechado por batedores.
Milene morreu ao ser baleada pelo empresário Rogério Saladino, 56 anos. Ela tinha tocado a campainha da casa dele, segundo a polícia, para pedir imagens das câmeras de segurança para ajudar na investigação de um crime. Nesse momento, teria sido recebida a tiros.
Em seguida, o colega da policial reagiu e acertou o empresário. Um funcionário da casa, de 49 anos, pegou a arma do chão para balear os policiais e também foi atingido, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Milene, Saladino e o funcionário dele, o vigilante Alex James Gomes Mury, 49 anos, morreram no episódio.
Segundo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Deic, Milene era uma das melhores policiais da divisão. “No Deic eu tenho 650 policiais, e a Milene era a que mais se destacava. De cada 10 latrocínios que a gente atendia, ela e o parceiro esclareciam 8. É uma perda irreparável”, disse.
Milene estava na Polícia Civil havia sete anos. Ela deixa uma filha de 5 anos.
No momento em que houve o tiroteio, acontecia uma festa na mansão de Rogério Saladino. Segundo a polícia, no quarto dele foram encontrados vários tipos de drogas. Entre as substâncias encontradas havia haxixe, maconha e drogas sintéticas.
