São Paulo – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) convocou a imprensa nesta quinta-feira (2/2) para apresentar o planejamento do Carnaval de rua na capital paulista. A reunião ocorreu um dia após os blocos divulgarem uma carta alegando que não receberam informações sobre a estrutura preparada pela Prefeitura e os protocolos de segurança.
A reportagem do Metrópoles questionou a gestão municipal sobre a preocupação dos blocos em relação a conduta que será adotada pela Polícia Militar (PM) para dispersar as pessoas no fim dos desfiles. Nunes criticou diretamente a nota produzida pelos carnavalescos e prometeu respeito aos foliões.
“De tudo que falaram isso é algo que mais me incomoda, dizer que vamos atuar com truculência é absurdo. Reconhecemos a importância dos blocos, de tornar o Carnaval de rua de São Paulo o maior Carnaval do Brasil, de gerar emprego, de gerar renda, de gerar sustento para 15 mil pessoas que a Brahma cadastrou, de deixar todo mundo feliz”, responde Nunes.
O prefeito também mandou um recado para o coletivo que divulgou a nota: “Evidentemente, não iríamos acabar com uma festa tão linda por falta de uma ação tranquila, humanizada, com controle. Zero chance de isso acontecer. Blocos, vocês que assinaram esse manifesto, não faz mais isso, porque não é legal. Zero chance de não respeitarmos as pessoas”.
Segundo Nunes, a atuação da PM na dispersão dos blocos seguirá o mesmo padrão do que em eventos como shows no aniversário da cidade, Virada Cultural e o Réveillon na Avenida Paulista.
Presença da PM
Representantes da área de segurança pública também participaram da coletiva de imprensa sobre o Carnaval de rua de São Paulo e responderam ao questionamento sobre a conduta da PM na dispersão dos blocos.
“Apenas fazemos uma linha de proteção para os funcionários da Prefeitura que veem fazer a limpeza, a partir daí já conseguimos liberar a via para o fluxo de veículos. Porque se fosse feita só a limpeza e não tivesse essa essa ação da Polícia Militar de não deixar as pessoas retornarem para a via, elas retornariam e o trânsito ficaria impedido. Então essa é a função da Polícia Militar na dispersão: é apoiar a limpeza das vias ao término do evento”, diz Alexandre Prates, coordenador operacional da PM.
A PM não divulgou o efetivo que será empenhado no evento, mas garantiu que haverá reforço nos locais por onde passarem os megablocos. De acordo com Prates, o efetivo estará “praticamente inteiro” nas ruas entre o pré-carnaval, o Carnaval e o pós-Carnaval.
“A Polícia Militar estará em todos os todos os locais onde acontecerão os desfiles carnavalescos. Foi feito um mapeamento de todos esses locais e o nosso efetivo e toda a nossa logística estarão adequados a esses pontos”, afirma Prates.
