São Paulo – A deputada federal Carla Zambelli (PL) deve usar o direito de ficar em silêncio durante depoimento marcado para esta segunda-feira (7/8), às 14h, no âmbito de inquérito da Polícia Federal (PF) para investigar se a parlamentar teria atuado de Walter Delgatti Neto – conhecido como o hacker que roubou mensagens de procuradores da Lava Jato e do juiz Sergio Moro – para invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça.
Ela foi orientada por seu advogado Daniel Bialski a não responder às perguntas da Polícia Federal hoje em razão da falta de acesso aos autos da investigação. Bialski afirma ao Metrópoles que ela quer falar, mas fará isso apenas quando franqueados os documentos do inquérito à defesa. O advogado já havia pedido acesso aos autos – mas não obteve até o momento.
Zambelli e Delgatti foram alvo de buscas e apreensões na última quarta-feira (2/8). Ele é suspeito de invadir sistemas do CNJ para expedir falsos mandados de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A investigação identificou transferências de R$ 13,5 mil em Pix de servidores de gabinete de Zambelli para as contas de Delgatti.
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Delgatti foi preso na mesma operação. Zambelli admitiu, em uma entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, ter mantido contato com o hacker. “Nos vimos três vezes, e conversamos sobre tecnologia. Uma vez, o ajudei a vir a Brasilia, ele disse que teria provas e serviços a oferecer ao PL e o levei a Valdemar da Costa Neto, fizemos uma reunião”, admitiu.
