São Paulo – As obras na Rodovia Anchieta, na altura da entrada de Santos, litoral de São Paulo, avançaram mais uma etapa nesta semana. A construção do viaduto no Km 63 chegou ao chamado momento do “beijo”, quando duas partes da obra feitas separadamente se encontram.
Beijo é o nome popular da técnica de engenharia Balanço sucessivo. O método consiste em construir a obra “de fora para dentro”, ou seja, começar a construção pelas duas pontas externas, até que elas se encontrem no centro da pista.
A técnica é utilizada quando obstáculos impedem a interdição de vias durante obras de viadutos e pontes. A montagem pelas pontas é feita, então, de maneira simétrica e simultânea, com o beijo marcando o encontro ao final. “Com essa técnica, os bloqueios são mínimos e pontuais na rodovia, sem prejudicar a passagem dos motoristas”, explica o engenheiro responsável pela obra, Luiz Paulo Calixto Marchese.
Ele acrescenta que, para que fosse possível erguer os pilares nos extremos, foi necessária a instalação de blocos de fundação com quase 400 m³ de concreto de cada lado da rodovia. O método também foi utilizado na construção da pista descendente da Rodovia dos Imigrantes.
Segundo a Ecovias, concessionária responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, a obra segue agora com a instalação do pavimento e a realização de serviços como iluminação e sinalização. O viaduto será um acesso direto para os veículos que saem da zona noroeste de Santos com destino à capital paulista, o que deve contribuir para a fluidez do tráfego na zona portuária.
Os trabalhos na entrada de Santos começaram em dezembro de 2021, e tiveram investimentos de R$ 346,2 milhões. A obra contempla, além do novo viaduto, a recuperação total da SP-148, a estrada velha de Santos, com ampliação da capacidade da ponte sobre o Rio Casqueiro e a implementação de duas passarelas de pedestres na altura do Km 63.
O prazo de entrega é novembro de 2023. Um sistema de bombeamento de águas pluviais, com previsão de entrega para novembro de 2024, também está previsto.
