São Paulo — A região de Interlagos onde o deputado federal Alexandre Leite (União-SP) foi atacado na noite deste sábado (17/12), na zona sul de São Paulo, teve em 2023 uma explosão no número de roubos de veículos, com aumento de 72% dos casos nos primeiros 10 meses do ano, em comparação com igual período de 2022 —de 141 para 242 crimes.
Segundo a polícia, o deputado estava com a família, foi alvo de uma tentativa de roubo, reagiu e matou um dos ladrões. Alexandre é filho do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União).
O crime aconteceu na Avenida Interlagos, na área do 99º Distrito Policial (Campo Grande), que deverá investigar o caso, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). De acordo com as estatísticas do governo estadual, o bairro teve ainda um aumento de 20% nos roubos em geral de janeiro a outubro, em comparação com igual período de 2022 (de 816 para 981 casos).
O aumento nos crimes violentos contra o patrimônio no 99º DP contrasta com a queda no restante da capital no mesmo período, segundo os dados oficiais. A cidade de São Paulo teve uma diminuição de 5% (117.380 para 111.373) nos roubos em geral e de 6% no roubos de veículo (13.003 para 12.220), em particular, na comparação entre 2022 e 2023, mostram as estatísticas da SSP.
Assalto
Segundo a SSP, o deputado e a esposa estavam no carro quando foram abordados por dois homens em uma moto, que anunciaram o assalto.
“Houve troca de tiros e o suspeito que conduzia a moto foi baleado e não resistiu aos ferimentos. O outro tentou, ainda, subtrair uma outra motocicleta, mas não conseguiu e fugiu a pé. No veículo da vítima, foram constatados dois disparos”, diz, em nota.
Questionada, assessoria do disse que Alexandre Leite tem porte de arma “há muito tempo”. Não foi informado qual o armamento usado no momento da reação.
“Alexandre Leite e a esposa passam bem, lamentam o ocorrido, e já estão colaborando com as autoridades”, diz nota da assessoria do parlamentar.
