Ataque em escola: pai de autor é indiciado por posse irregular de arma

Arma usada no ataque na Escola Estadual Sapopemba, na capital paulista, revólver calibre 38 tinha registro, mas não foi recadastrado

atualizado 26/10/2023 21:58

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Imagem colorida mostra mãos de um homem segurando uma caixa preta, de uma arma - Metrópoles William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — A Polícia Civil paulista indiciou por posse irregular de arma e omissão de cautela o pai do adolescente de 16 responsável pelo ataque na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital paulista, que terminou com uma estudante morta e três feridos.

O ataque foi praticado com um revólver calibre 38. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o pai do menor infrator – um motoboy de 51 anos – vai responder com base no Estatuto do Desarmamento. Apesar de a arma ser registrada desde 1994, ele não teria feito o recadastramento.

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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta

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Atirador invadiu escola estadual em Sapopemba, matou aluna e feriu outros dois

Renan Porto/Metrópoles

Segundo a investigação, o adolescente pegou a arma e a munição usadas no crime na casa do pai, no ABC Paulista, durante o fim de semana. Elas estavam guardadas em locais distintos da casa e o jovem precisou “vasculhar” os cômodos para encontrá-la.

O ataque aconteceu na segunda-feira (23/10). O pai do responsável pelo atentado foi ouvido pela Polícia Civil no dia seguinte.

Pai

Em entrevista ao Metrópoles, concedida no dia em que prestou depoimento, ele contou que comprou a arma quando trabalhava com corte e religação de água. “Tinha um trabalho de risco. Muitos funcionários andavam armados, mas é uma besteira. Na época, era moleque novo”, disse.

“Arma é uma coisa negativa. Quem tem arma em casa, entregue. Tive por 29 anos e nunca usei. Olha a tragédia que causou na minha vida”, disse o pai do adolescente.

O motoboy contou que nunca imaginou que o filho pudesse cometer um atentado. “Estou muito abalado com o que aconteceu. Não via potencial no meu filho para cometer uma tragédia dessa”, afirmou.

Segundo ele, a impressão é de que o filho mal reagia às agressões que costumava sofrer e, por isso, poderia ser a vítima de algo pior. “Achava que fosse acontecer algo com ele, de morrer e não reagir”, disse.

O pai apontou também o bullying sofrido pelo filho como algo destrutivo e um ponto que pode ter levado o adolescente a cometer o crime. “A pessoa fica em um beco sem saída. Ou ela se mata ou faz isso com alguém para se libertar. Não sei se estou falando a coisa correta.”

Como foi o ataque

No segundo ataque a uma escola estadual registrado este ano em São Paulo, a estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, foi morta com um tiro na cabeça na manhã de segunda-feira (23/10).

O atirador, um estudante de 16 anos do 1º ano do Ensino Médio, foi contido pela coordenadora pedagógica da escola e apreendido pela polícia minutos após o crime. Segundo alunos e o advogado dele, o adolescente sofria bullying por ser homossexual.

Câmeras de segurança da escola estadual registraram a chegada do adolescente armado com um revólver calibre 38, por volta das 7h30. Ele invade uma sala de aula e ameaça os estudantes, que gritam e saem correndo.

Com um tiro à queima-roupa, ele atinge a nuca de Giovanna no momento em que ela se preparava para descer uma escadaria. Outras duas alunas de 15 anos são baleadas — uma com um tiro na clavícula e outra na região do abdômen. Um quarto estudante fica ferido na mão após quebrar uma janela para fugir do ataque. Todos os feridos já receberam alta hospitalar.

Em nota, o governo de São Paulo lamentou o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, informou.

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