Armas .50 furtadas estavam em carro de fornecedor do Comando Vermelho

Metralhadoras .50 encontradas na zona oeste do Rio de Janeiro estavam em veículo de Jesser Marques Fidelix, ligado ao Comando Vermelho

atualizado 01/11/2023 12:07

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Metralhadoras apreendidas Reprodução

São Paulo – As duas metralhadoras .50 do Arsenal de Guerra do Exército encontradas na zona oeste do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (1º/11) estavam no carro de um homem ligado ao Comando Vermelho, segundo informações do Comando Militar do Sudeste. O veículo estava estacionado na Avenida Lúcio Costa, na altura da Praia da Reserva.

Segundo o SBT, o carro pertence a Jesser Marques Fidelix, apontado como fornecedor de armas e drogas para as organizações criminosas do Rio. Ele é do Espírito Santo e mora em São Paulo. Ele era monitorado pela Polícia Civil desde segunda-feira (30/10).

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o deslocamento das armas feito pelos criminosos estava sendo monitorado. “Foram realizadas diversas diligências, inclusive em hotéis da zona oeste, para localizar as armas. Com base no trabalho de inteligência das forças de segurança, conseguimos interceptar e recuperar os armamentos”, disse o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Marcus Amim.

Com a apreensão, 19 das 21 metralhadoras que haviam sido furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, na Grande São Paulo, foram recuperadas. Dez delas estavam no Rio de Janeiro.

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Metralhadoras recuperadas pela polícia do Rio durante operação no dia 19 de outubro; armamento havia sido furtado do Arsenal de Guerra de SP
PF não foi acionada pelo Exército após furto de armas
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Oito metralhadoras do Exército foram encontradas em uma comunidade do Rio de Janeiro

Polícia Civil/RJ
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Metralhadoras recuperadas pela polícia do Rio durante operação no dia 19 de outubro; armamento havia sido furtado do Arsenal de Guerra de SP

Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
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PF não foi acionada pelo Exército após furto de armas

Divulgação/Polícia Civil de SP
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Fachada do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), unidade do Exército de onde foram furtadas 21 metralhadoras

Divulgação/Exército do Brasil

As 21 armas – 13 metralhadoras calibre .50, que podem derrubar aeronaves, e oito calibre 7,62, que perfuram veículos blindados – foram levadas para fora do quartel, possivelmente, entre os dias 5 e 8 de setembro, a fim de que fossem negociadas com facções criminosas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O furto só foi descoberto pelo Exército mais de um mês depois do crime, no último dia 10, durante inspeção no quartel. Três dias depois, o caso veio a público em reportagem do Metrópoles.

Exército não localiza últimas armas

Homens do Exército e do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar realizaram, na manhã desta quarta-feira (1º/11), nova operação em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, em busca de pistas que levassem à recuperação das últimas duas metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra, em Barueri. Nas diligências, no entanto, nada foi encontrado e a operação terminou pouco antes das 9h.

Ação semelhante já tinha sido realizada no município nessa terça-feira (31/10), mas nada foi localizado. Fontes do Exército, contudo, disseram que as duas operações foram importantes para levantar novas informações sobre o caso.

Participação de militares

O furto das metralhadoras do Arsenal de Guerra, de acordo com as investigações do Exército, teve participação direta de pelo menos seis militares. O único identificado até agora é o cabo Vagner da Silva Tandu. Motorista e homem de confiança do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, ex-diretor do Arsenal, Vagner é apontado como a pessoa que tirou do quartel o armamento usando um veículo militar.

Outros cinco militares teriam ajudado o cabo diretamente. As investigações indicam que eles realizaram o corte intencional de energia do quartel, o que impediu as câmeras de segurança de registrarem a ação.

O Comando do Sudeste pediu, na última quinta-feira (26/10), a prisão preventiva do cabo e dos militares.

 

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