São Paulo – Após visitar Jair Bolsonaro no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, nesta sexta-feira (15/9), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), disse que “não houve rusgas” na relação entre eles. O ex-presidente defendeu, na quarta-feira (13/9), que o PL apoie uma candidatura própria na eleição municipal de 2024.
O prefeito chegou por volta das 9h20 ao hospital e passou cerca 40 minutos no quarto com Bolsonaro. A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e o advogado Fabio Wajngarten também estavam presentes. Em conversa com jornalistas na saída do hospital, Nunes disse que eles não conversaram sobre a sucessão da prefeitura.
“A vinda ao hospital foi para desejar ao presidente uma boa recuperação, para ele e para a família dele. O presidente está bem, animado. […] A gente não falou nisso [política]. Não me senti confortável em entrar no assunto, apesar de ele estar bem. Acho que não era o momento de falar de eleição. Foi um gesto importante”, disse.
Segundo o prefeito, sua relação com Bolsonaro é boa e não é preciso que eles “concordem em tudo”. “Não teve rusga. A gente, às vezes, tem alguma frase que sai fora do contexto. Mas está caminhando tudo bem. […] O presidente até deu uma declaração que gosta de mim. Eu gosto do presidente”, afirmou.
Candidatura própria do PL
Questionado sobre a possibilidade de o PL lançar uma candidatura própria, Ricardo Nunes disse que essa é uma prerrogativa do partido, mas que o “natural” seria que o partido apoiasse sua candidatura à reeleição.
“O PL faz parte do governo, faz parte do nosso projeto, faz parte do nossas ações de políticas públicas. O natural é que o PL continue”, disse.
Nunes afirmou não se sentir pressionado a se posicionar diante de temas que são caros ao bolsonarismo, como aliados do ex-presidente têm cobrado nos bastidores.
“Não há nenhuma pressão em relação a isso. O prefeito sou eu. Se a população me reconduzir no ano que vem, continuarei sendo eu o prefeito.”
“Em cima do muro”
Aliados de Jair Bolsonaro avaliam que Ricardo Nunes teme que sua imagem fique associada à do ex-presidente e que isso possa prejudicá-lo nas eleições de 2024. Ao mesmo tempo, o prefeito não quer enfrentar um candidato bolsonarista na disputa.
“Ele não pode ficar em cima do muro desse jeito”, afirmou um aliado do presidente.
