“Angústia e tristeza”, diz pai de vítima da queda de helicóptero

Sidney Souza dos Santos, de 65 anos, pai de Luciana Rodzewics, 45, e avô de Letícia Ayumi, 20, diz que família está sem saber o que fazer

atualizado 12/01/2024 17:36

Compartilhar notícia
Imagem colorida mostra Sidney Souza dos Santos, pai de uma das vítimas do acidente de helicóptero em São Paulo - Metrópoles Felipe Resk/Metrópoles

Paraibuna (SP) – Familiar de duas vitimas do acidente de helicóptero em Paraibuna, no interior paulista, Sidney Souza dos Santos, de 65 anos, pai de uma das vítimas, está resignado com a confirmação da morte de todos os ocupantes da aeronave que desapareceu no dia 31 de dezembro.

“Foram muitos dias de angústia e tristeza. A família estava sem chão, sem saber o que fazer”, disse, ao chegar ao ponto de apoio das buscas, montado em um hotel, que fica a cerca de três quilômetros de onde o helicóptero caiu.

Sidney é pai de Luciana Rodzewics, 45, e avô de Letícia Ayumi, 20. Também estavam na aeronave o piloto Cassiano Teodoro, de 44 anos, e o passageiro Raphael Torres, 41. Todos morreram no acidente.

“Felizmente o helicóptero Águia, da Polícia Militar, conseguiu encontrar”, afirmou o familiar. “Eu já estava me sentindo impotente. Minha mulher estava à base de remédios… A gente não trabalha, não come, não se alimenta, não dorme”, disse. “Graças a Deus encontrou agora”.

Foram 12 dias de desaparecimento. Sidney relata que, na noite anterior, chegou a planejar procurar a família naquela mata. “Eu vim para cá”, disse. “Mas a área é muito grande e isso assusta. Fiquei rezando”.

Arte de mapa com informações sobre o desaparecimento do helicóptero - Metrópoles
Linha do tempo helicóptero desaparecido

Cerca de 30 voluntários, entre policiais aposentados, bombeiros civis e maqueiros, faziam buscas junto com a família.

O acidente

O helicóptero modelo Robinson 44 desapareceu na Serra do Mar, no dia 31 de dezembro. Morreram no acidente o piloto Cassiano Teodoro, 44 anos, e os três passageiros: Raphael Torres, 41; Luciana Rodzewics, 45; e Letícia Ayumi, 20.

8 imagens
Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP
Raphael Torres é amigo de Letícia
Print de vídeo enviado por Letícia Ayumi a namorado
Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
1 de 8

Piloto Cassiano Tete Teodoro conduzia helicóptero que sumiu

Reprodução
2 de 8

Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP

Reprodução
3 de 8

Raphael Torres é amigo de Letícia

Reprodução
4 de 8

Print de vídeo enviado por Letícia Ayumi a namorado

Reprodução
5 de 8

Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer

Arquivo pessoal
6 de 8

Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer

Arquivo pessoal
7 de 8

Fotografia da vista do helicóptero que desapareceu mostra área de mata fechada e bastante neblina

Arquivo pessoal
8 de 8

Outra foto enviada por Letícia mostra helicóptero pousado no chão

Arquivo pessoal

A aeronave partiu do Campo de Marte, na capital paulista, em direção a Ilhabela, no litoral norte, na véspera do Ano-Novo. O último registro no radar havia sido por volta de 15h20 do dia 31 de dezembro. Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia enviou mensagens ao namorado avisando sobre as más condições climáticas. Ela gravou um vídeo em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem visibilidade.

A análise dos celulares havia sido feita pela equipe de aviação da Polícia Civil ao longo dessa quinta-feira (11/1). Segundo o delegado Paulo Sérgio Reis Mello, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), apenas com tempo favorável, o que ocorreu na quinta, esse trabalho foi possível.

“Para fazer uma triangulação e encontrar o local dos celulares, é preciso três antenas [de telefonia móvel]. Lá, tinha só uma, e virada para outro lado”, disse o delegado.

Por isso, os policiais precisavam fazer voos na região para identificar as localizações prováveis dos celulares. Eles traçaram um cone, a partir da Rodovia dos Tamoios, na altura do km 54, que seguia por um raio de 12 quilômetros em cada um dos lados.

Esse direcionamento foi repassado para o Comando da Aviação da Polícia Militar (PM) na tarde de quinta-feira, e as equipes planejaram uma busca mais minuciosa a partir da manhã desta sexta-feira.

O cone traçado pela Polícia Civil foi dividido em cinco quadrantes. Em cada um deles, os helicópteros das polícias fariam voos específicos, com menor velocidade e altura. No segundo quadrante, por volta das 9h15, os PMs encontraram os corpos.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar