O número de postos de trabalho em aberto nos Estados Unidos registrou queda em julho deste ano, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (29/8) pelo Departamento do Trabalho do governo americano.
Segundo o relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts), houve uma redução de 338 mil vagas de trabalho em aberto em relação a junho, para 8,827 milhões.
O resultado ficou abaixo das estimativas do mercado, que eram de 9,465 milhões de vagas em aberto. A taxa de abertura de vagas recuou de 5,5% para 5,3%.
As vagas em aberto são as posições disponíveis dentro das empresas que os empregadores buscam preencher por meio de contratações. Para participar do relatório Jolts, os empregadores recebem um formulário no qual informam o número de vagas em aberto na empresa no último dia útil do mês, além do número de contratações e demissões no período.
Em julho, o número de contratações ficou em 5,8 milhões, enquanto as demissões somaram 5,5 milhões – um cenário estável em relação ao mês anterior.
As vagas de emprego nos EUA tiveram queda em serviços profissionais e empresariais (-198 mil), cuidados de saúde e assistência social (-130 mil), governos estadual e local (-67 mil), educação governamental estadual e local (-62 mil), e governo federal (-27 mil).
Houve aumento das vagas em informação (+101 mil) e em transporte, armazenamento e serviços públicos (+75 mil).
“Alívio”
Analistas consideram positiva a desaceleração do mercado de trabalho nos EUA. Com isso, há a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) alivie um pouco a política monetária, embora uma redução da taxa de juros seja considerada muito improvável neste momento.
Segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, os dados do relatório Jolts serão recebidos com “alívio” pelo mercado. “Finalmente, a esperada desaceleração no mercado de trabalho americano dando sinais”, afirmou.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi elevada em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos.
