Depois de o Credit Suisse rechaçar a primeira proposta de compra apresentada pelo banco UBS, de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,26 bilhões), a instituição financeira dobrou sua oferta e ficou muito próxima de adquirir o Credit por US$ 2 bilhões (R$ 10,5 bilhões).
Segundo informações do jornal Financial Times, o acordo pode ser fechado a qualquer momento. A ideia é que o anúncio aconteça, no máximo, até segunda-feira (20/3), antes da abertura do mercado financeiro na Ásia.
Inicialmente, o Credit Suisse recusou a primeira oferta do UBS, de US$ 1 bilhão, por considerá-la baixa. O maior acionista do Credit, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, apoiou o banco na recusa.
Ainda de acordo com a imprensa internacional, o Banco Nacional da Suíça (o Banco Central do país) teria oferecido ao UBS US$ 100 bilhões (R$ 526,7 bilhões) em liquidez para ajudá-lo a assumir as operações do Credit. O BC suíço foi um dos principais intermediários da negociação entre os dois maiores bancos do país.
Com a nova proposta, o UBS pagará mais de 0,50 franco suíço por ação do Credit, usando suas próprias ações. O valor segue abaixo do preço de fechamento do papel do Credit no último pregão da bolsa de Zurique na semana passada (1,86 franco suíço).
As autoridades da Suíça vêm trabalhando em um plano de emergência para acelerar a aquisição do Credit pelo UBS. A toque de caixa, deve ser aprovada uma lei que “driblará” o período normal de consulta de seis semanas exigido para que os acionistas do UBS analisem a proposta e aprovem o acordo.
Segundo os reguladores suíços, a mudança na legislação será necessária para garantir a “estabilidade do sistema bancário” do país. Reguladores dos Estados Unidos e da Europa também já se preparam para aprovar o acordo e devem divulgar declarações oficiais nas próximas horas.
