Os avanços da tecnologia somados às questões ambientais serão responsáveis por profundas transformações no mercado de trabalho global, eliminando 2% das vagas de emprego, ou 14 milhões postos, até o final de 2027.
Isso é o que mostra o relatório “O Futuro do Trabalho 2023”, divulgado nesta segunda-feira (1º/5) pelo Fórum Econômico Mundial.
Os dados revelam como a revolução digital, os esforços para a descarbonização da economia mundial, além de outras questões geopolíticas e sociais estão promovendo um cenário cada vez mais desruptivo no mercado de trabalho.
De acordo com a quarta edição do levantamento, os avanços almejados pelas empresas irão demandar trabalhadores mais especializados e com conhecimentos profundos em temas como inteligência artificial (IA), análise de dados, desenvolvimento de aplicações digitais, comércio eletrônico, sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (ESG).
Nos próximos cinco anos, quase um quarto dos empregos (23%) deverão passar por algum tipo de mudança, resultando na criação de 10,2% novos postos de trabalho e, ao mesmo tempo, a extinção de 12,3% vagas em todo o mundo.
As empresas consultadas para a realização do relatório O Futuro do Trabalho 2023 estimam que 69 milhões de novos postos de trabalho deverão ser criados até 2027, enquanto outras 83 milhões de vagas serão eliminadas. Isso representa um decréscimo líquido de 14 milhões de empregos.
Futuro próximo
O Fórum Econômico Mundial informa que mais de 85% das companhias pesquisadas declararam que pelanejam aumentar investimentos para adotar novas tecnologias e também para a ampliar o uso de aplicações digitais com maior probabilidade de impulsionar a transformação de seus negócios.
Ainda sobre a adoção de novas tecnologias, mais de 75% das empresas esperam adotar nos próximos cinco anos mais aplicações relativas a big data (grande base de dados), nuvem de computação (capacidade de armazenamento) e IA (inteligência artificial).
Haverá o aprofundamento dos avanços tecnológicos com a adoção de recursos para acelerar a digitalização do comércio, como a criação de plataformas e aplicativos digitais. Isso faz parte do planejamento para 2027 de 86% das empresas ouvidas pelo levantamento.
