O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aproveitou sua participação no 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, nesta segunda-feira (7/8), na capital paulista, para assumir o compromisso de acabar com os conflitos de terra no estado.
Tarcísio falou na abertura do evento, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Além dele, compareceram o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a ex-ministra Tereza Cristina e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, gravou uma mensagem que foi exibida durante o evento.
“É um absurdo que, ainda hoje, a gente discuta direito de propriedade. Aqui em São Paulo, vamos promover um grande programa de regularização fundiária. Os instrumentos legais que temos aqui são suficientes para trazermos a paz para o campo no estado de São Paulo”, afirmou Tarcísio.
De acordo com o governador paulista, serão entregues “muitos títulos (de propriedade) para o médio e o grande produtor, mas também títulos para os assentados”.
“Vamos acabar com esses conflitos de terra no estado de São Paulo. Temos condições e os instrumentos para isso”, prometeu Tarcísio.
“Potência agroambiental”
Durante sua fala na abertura do congresso da Abag, Tarcísio de Freitas disse que o Brasil tem de assumir sua posição de potência mundial do agronegócio.
“Temos que colocar a carapuça na cabeça: o Brasil é uma potência agroambiental. Sempre foi e sempre será. Ninguém faz o que o Brasil faz, com excelência que faz. Ninguém consegue produzir e preservar. E temos condição de ampliar nossas áreas de lavouras sem derrubar uma única árvore”, afirmou o governador.
Tarcísio criticou o que chamou de “protecionismo disfarçado” de grandes potências, que temem o crescimento do agro brasileiro e, segundo o governador paulista, usam subterfúgios para diminuir a competitividade do Brasil no cenário internacional.
“Isso impõe um desafio gigantesco para a nossa diplomacia Não podemos sucumbir agora a uma regra que vai impor sanções aos nossos produtos em cima de uma narrativa que está totalmente furada. O nosso agro é totalmente sustentável”, disse Tarcísio.
“Saudade” de Tereza Cristina
Cotado como um dos possíveis nomes do campo conservador para a disputa pela Presidência da República em 2026, possivelmente assumindo o espólio político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) –, Tarcísio de Freitas fez uma deferência à ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina.
A senadora também aparece na lista de potenciais candidatos ao Palácio do Planalto. “Sinto saudade de trabalhar com Tereza Cristina. Obrigado por tudo”, disse Tarcísio à ex-colega de Esplanada dos Ministérios.
