A S&P Global Ratings, uma das três maiores agências de classificação de risco do mundo, foi mais uma a aumentar a estimativa para o crescimento econômico do Brasil em 2023.
Em uma nova revisão de suas projeções, a S&P agora estima que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avance 2,9% neste ano. A projeção anterior era uma alta de 1,7%.
Segundo a agência, a melhoria das perspectivas para o país se deve, principalmente, à produção agrícola e ao impacto de estímulos fiscais sobre os gastos das famílias.
Para 2024, no entanto, a S&P reduziu a estimativa de crescimento da economia de 1,5% para 1,2%.
Em 2025, segundo a agência, o Brasil deve crescer 1,8% e, em 2026, 2%.
Juros
De acordo com o relatório da S&P, a taxa básica de juros, reduzida na semana passada para 12,75% ao ano, deve terminar 2023 em 12,25% ao ano. Em 2024, os juros cairiam para 9%.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
A elevação da Selic é o principal instrumentos dos bancos centrais para controlar a inflação.
Inflação
Para a S&P, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,9%.
Em 2024, a inflação seria de 3,9% e, em 2025, de 3,7%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
