A inflação no Reino Unido registrou uma forte desaceleração em outubro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (15/11) pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS).
Na base de comparação anual, o índice foi de 4,6%, o menor patamar em dois anos, desde outubro de 2021. Já na base mensal, a inflação britânica não teve variação (0%).
O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava índices de 4,8% (anual) e 0,1% (mensal).
Em setembro, a inflação no Reino Unido foi de 6,7%.
O núcleo de inflação, que exclui a variação de preços de energia e alimentação, ficou em 5,7%, na base anual, e 0,3%, na comparação mensal. Em setembro, os índices foram de 6,1% e 0,5%, respectivamente.
A desaceleração da inflação verificada em outubro se deve, principalmente, à queda nos preços da eletricidade e do gás, que recuaram 22% na base anual.
Os preços dos alimentos, por sua vez, subiram 10,1% na mesma comparação.
Juros
Com a inflação em franca desaceleração no Reino Unido, o mercado aguarda com expectativa a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (o Banco Central britânico), que definirá a taxa de juros.
No início de novembro, a autoridade monetária decidiu manter os juros em 5,25% ao ano. A taxa de juros de referência segue no maior patamar em 15 anos, desde 2008.
A próxima reunião da autoridade monetária está programada para o dia 14 de dezembro. O aumento da taxa de juros é a principal ferramenta dos bancos centrais para combater a inflação.
