O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um ano duro para as economias desenvolvidas. De acordo com o estudo Panorama Econômico Global (World Economic Outlook), divulgado nesta terça-feira (11/4), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países ricos foi de 2,7% no ano passado. Em 2023, deve ficar em 1,3%, um patamar inferior aos 2,8% da média global. Mas as estimativas para países como a Alemanha e o Reino Unido são ainda piores. Ambos podem fechar o ano com PIBs negativos, com queda de 0,1% e 0,3%, respectivamente.
As estimativas do FMI indicam que, entre oito países ricos destacados, apenas os Estados Unidos (com 1,6%), a Espanha e o Canadá (com 1,5%), além do Japão (com 1,3%), podem atingir ou superar a média do crescimento previsto para as nações abonadas, estabelecida em em 1,3% em 2023. Já a França e a Itália devem crescer apenas 0,7% em 2023. Na zona do euro, o avanço médio do produto deve ser de 0,8%.
Ainda na Europa, a previsão também é de PIB negativo, com queda de 0,5%, para a Suécia. A Dinamarca não deve sair do zero a zero. A Áustria pode avançar 0,4% e a Holanda, 1%.
No relatório, os técnicos do FMI observam que a “economia global está novamente em um momento altamente incerto”, com efeitos cumulativos dos choques observados nos últimos três anos, com a pandemia e a invasão da Ucrânia pela Rússia. Tudo isso agravado, em 2023, pela crise que ameaçou os sistemas bancários nos Estados Unidos e na Europa.
