O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, definiu como “preocupante” a inadimplência das pessoas físicas no Brasil, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (13/2). “Ela está em torno de 31% a 32%”, disse. Mas, incluídos os dados do mercado imobiliário, esse número sobe para 49%. “Estamos observando esse problema”, acrescentou.
Dados do BC mostram que a inadimplência no rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas, por exemplo, cresceu 9 pontos percentuais em 2022. Com isso, ela chegou a 44,7% no fim do ano passado, a maior taxa da série histórica elaborada pelo órgão, iniciada em março de 2011.
No fim de janeiro, o BC recomendou que os endividados saíssem do rotativo. Eles deveriam tentar negociar com os bancos e as outras instituições financeiras modalidades de crédito com prazos maiores e taxas menores. Caso do crédito pessoal, por exemplo.
De acordo com dados de uma pesquisa mensal do Serasa, contudo, depois de 11 meses consecutivos de alta no Brasil, o nível de inadimplência recuou em dezembro. Segundo o levantamento, 69,4 milhões de brasileiros estavam inadimplentes no último mês de 2022. O número representava uma redução de mais de 400 mil pessoas na comparação com novembro (69,83 milhões).
