População da China diminui pelo 2º ano seguido: por que isso preocupa

Em 2023, total de habitantes da China recuou em 2,08 milhões, para 1,409 bilhão de pessoas. Temor é que o declínio afete a economia global

atualizado 17/01/2024 12:14

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Imagem de multidão de pessoas nas ruas de área de comércio na China - Metrópoles Getty Images

A população da China diminuiu pelo segundo ano consecutivo em 2023, de acordo com dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país.

No ano passado, o total de habitantes no país asiático recuou em 2,08 milhões (-0,15%), para 1,409 bilhão de pessoas.

A queda populacional foi bem maior do que a registrada em 2022 (850 mil), a primeira desde 1961.

O que explica a queda

Entre os fatores apontados como possíveis explicações para o recuo populacional chinês, estão a mínima recorde na taxa de natalidade e as mortes durante a pandemia de Covid-19.

Em 2023, o total de óbitos na China aumentou 6,6%, alcançando 11,1 milhões – o nível mais alto desde 1974.

Por outro lado, os nascimentos tiveram queda de 5,7%, para 9,02 milhões. A taxa de natalidade teve baixa recorde de 6,39 nascimentos por mil pessoas, abaixo dos 6,77 de 2022.

Por que isso preocupa

Os dados aumentam a preocupação de que as perspectivas de crescimento da segunda maior economia do mundo diminuam por causa do menor número de trabalhadores e consumidores, enquanto os custos crescentes com idosos e benefícios de aposentadoria põem mais pressão sobre os governos locais.

No ano passado, a Índia ultrapassou a China como o país mais populoso do mundo, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com projeções da ONU, a população chinesa deve diminuir em 109 milhões até 2050, mais do que o triplo do declínio estimado anteriormente, em 2019.

PIB abaixo do esperado

Nesta quarta-feira (17/1), como noticiado pelo Metrópoles, o mercado repercute dados do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que vieram abaixo das estimativas. O Escritório Nacional de Estatísticas do governo chinês informou que o PIB do país cresceu 5,2% em 2023.

O resultado veio ligeiramente acima da meta de 5% estipulada por Pequim, mas ficou abaixo das estimativas do mercado, que variavam entre 5,5% e 5,6%.

Na véspera, em discurso em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, já antecipava a expansão do país em 5,2% no ano passado.

No quarto trimestre do ano passado, ainda de acordo com os dados oficiais, a economia da China cresceu 1%, também dentro das estimativas dos analistas.

Em 2023, o PIB do país atingiu o recorde de 126,06 trilhões de yuans (cerca de US$ 17,71 trilhões), segundo informações da agência oficial de notícias Xinhua.

Outros indicadores da China

As autoridades da China divulgaram os resultados de outros indicadores econômicos do país. A produção industrial avançou 4,6% no acumulado do ano passado, com alta de 6,8% em dezembro de 2023.

As vendas no varejo registraram um crescimento de 7,2%, na comparação anual. Apenas no último mês do ano, a alta anual foi de 7,4%.

A taxa média de desemprego na China ficou em 5,1% em dezembro e, no acumulado do ano, e 5,2%. Em relação a 2022, houve uma queda de 0,4 ponto percentual.

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