A Petrobras atingiu em maio o total de 95% de processamento em suas refinarias, segundo dado divulgado nesta quarta-feira (7/6) pela estatal.
A taxa, referente ao chamado Fator de Utilização Total (FUT), é a maior desde 2015 para as unidades de refino da petroleira.
A Petrobras afirma que, em alguns dias do mês, o nível chegou a superar os 99%.
O maior desempenho foi registrado nas refinarias RPBC (Cubatão, SP), Refap (Canoas, RS), Reduc (Duque de Caxias, RJ) e Replan (Paulínia, SP).
O fator de utilização diz respeito ao volume de petróleo processado e a carga suportada pelas refinarias.
As refinarias são responsáveis por transformar o petróleo bruto em derivados como gasolina e diesel.
Em nota, o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, disse que as áreas de refino da companhia estão atuando para aumentar a capacidade de processamento dentro dos níveis de segurança permitidos.
“Estamos trabalhando para aprimorar ainda mais nossos derivados, modernizar as refinarias e reduzir o impacto ambiental das operações, com o máximo de segurança. Também avançamos buscando a descarbonização dos nossos processos, gerando produtos com maior qualidade e mais sustentáveis”, disse França.
Foco em refinarias
A Petrobras tem aplicado mudança em seu direcionamento com relação às refinarias.
A estatal afirma que investiu mais de R$ 1 bilhão em seu parque de refino no ano. Na RPBC, de Cubatão, foram R$ 720 milhões. Na Refap, de Canoas, foram R$ 450 milhões investidos.
Em 2019, a Petrobras havia firmado com o Cade compromisso de vender suas refinarias e ampliar a concorrência no mercado de refino. Na nova gestão, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse ao assumir a estatal que a empresa seguirá o devido processo legal nas refinarias que já foram vendidas, mas que encerrou as novas privatizações nessa frente.
Nas diretrizes do novo plano estratégico para o período entre 2024 e 2028, que foram divulgadas na última semana, o conselho da petroleira também oficializou que vai reverter a estratégia de desinvestimentos em refino que vinha sendo adotada desde a gestão Michel Temer. Nos últimos anos, a companhia mantinha foco sobretudo na extração de petróleo bruto, com resultados recorde no pré-sal.
Na nova gestão, a Petrobras pretende complementar a atuação na extração de petróleo com os investimentos em refino e na produção de derivados como fertilizantes. A Petrobras informou ao divulgar as diretrizes do novo plano que um objetivo é buscar a “autossuficiência” em derivados.
