Natura confirma que avalia a venda de parte da Aesop e ação dispara 7%

Em comunicado ao mercado nesta terça-feira (31/1), a Natura confirmou que está avaliando venda de 25% da marca de cosméticos de luxo Aesop

atualizado 31/01/2023 18:17

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imagem colorida fachada loja natura Divulgação/Natura

A Natura subiu 7% na sessão desta terça-feira (31/1) da Bolsa de Valores, após a empresa confirmar que está avaliando a venda de parte da Aesop, sua marca de cosméticos de luxo. Na véspera, as ações já tinham avançado quase 6%.

A Bloomberg noticiou, ontem (30/1), que concorrentes como a LVMH (dona da Louis Vuitton, Dior e outras marcas), L’Oreal e Shisheido estariam avaliando fazer ofertas de compra de parte da subsidiária da Natura.

O desenho das ofertas que estão à mesa seria o da venda de uma participação de cerca de 25% da Aesop. Sendo assim, a Natura continuaria tendo o controle do negócio.

A venda poderia render cerca de US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) para o grupo brasileiro, considerando que a Aesop está avaliada em cerca de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões).

“(A Natura) permanece avaliando a viabilidade de venda de participação na Aesop como uma das alternativas estratégicas para financiar o crescimento acelerado da Aesop, bem como agregar mais valor para a Companhia e seus acionistas”, disse a empresa, em nota.

O comunicado ao mercado foi dado em resposta a um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a possível negociação. A fabricante brasileira de produtos de higiene e bem-estar disse, no entanto, que “não há até o momento qualquer definição quanto aos termos, condições e a própria contraparte da Companhia em uma potencial transação”.

Por que a Natura quer vender a Aesop?

De acordo com cálculos de analistas do Citi, a Aesop poderia valer cerca de US$ 8 bilhões. A oferta de US$ 2 bilhões estaria em linha com a avaliação pela equipe do banco, considerando o tamanho da participação em negociação. Em relatório, o banco lembra que o dinheiro poderia ser usado para reduzir o volume de dívidas da Natura, considerado elevado.

O “inferno astral” da Natura se dá por uma combinação de endividamento elevado, em razão da captação que a empresa fez para comprar a Avon, em 2020, e pelo ciclo de baixa no mercado de consumo de cosméticos do Brasil e dos Estados Unidos. Apesar da alta de 6% no dia, as ações NTCO3 ainda acumulam queda de 37% em um ano.

A Aesop representa apenas 7% das vendas líquidas da Natura, mas seu impacto no Ebitda, indicador que mede o lucro líquido (lucro antes de impostos e outras amortizações) é bem maior, na ordem de 20%. Segundo analistas do Citi, a marca australiana é o negócio de maior crescimento do grupo.

Faz sentido, portanto, que a Natura use esse potencial para, primeiro, captar recursos e reduzir seu endividamento, e, segundo, angariar receitas para investir nas próprias marcas, como a Avon, e potencializar os ganhos da empresa no médio e longo prazo.

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