“Não estudamos mudança de meta”, diz Campos Neto

"Em nenhum momento, o BC defendeu mudança de meta", afirmou. “A instituição precisa trabalhar com o governo sempre”

atualizado 13/02/2023 23:42

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em comissão no Senado Federal durante sua sabatina. No detalhe ele ouve a pergunta de um senador, diante de microfone - Metrópoles Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (13/2), que não há estudo, da  parte do BC, de mudança de meta da inflação para o país.

“Em nenhum momento o BC defendeu uma mudança de meta para dar flexibilidade”, disse Campos Neto. “O efeito prático (desse tipo de medida) vai ser perder flexibilidade.”

O chefe do BC afirmou, contudo, que “existem, obviamente, aprimoramentos a se fazer” na composição da meta da inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), integrado pelos ministros da Fazenda e do Orçamento e pelo presidente do Banco Central.

Atualmente, a meta para 2023 é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo. Em 2022, a inflação oficial foi de 5,79%.

“Estamos estudando desde 2017 com um grupo de diretores, que inclusive nem estão mais participando da Casa, como poderíamos aprimorar o sistema de metas. Não há uma proposta. Existem mais de uma. Mas, em nenhum momento, entendemos que o movimento de aprimoramento do sistema de metas seja um movimento que vise a ganhar flexibilidade ou atuar de uma forma diferente. É simplesmente melhorar o cumprimento das metas”, afirmou.

Relação com o governo Lula

Campos Neto disse ainda que o Brasil tem uma trajetória de gastos que é difícil de ser interrompida. Daí, uma das justificativas para os juros altos no país. Ele disse ainda que o BC é uma instituição de Estado. Nesse sentido, “aberta a trabalhar com o governo”.

“É importante reconhecer a legitimidade do resultado das eleições, da eleição do presidente Lula, que foi feita de uma forma democrática. O Banco Central é uma instituição de Estado, precisa trabalhar com o governo sempre”, afirmou o presidente do BC, que tem sido alvo de reiterados ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para aproximar o BC do governo”, disse Campos Neto.

O presidente do BC indicou também que uma queda dos juros depende de elementos como a conclusão do arcabouço fiscal, que está sendo preparado pelo Ministério da Fazenda, e de avanços na reforma tributária. Ele afirmou que a mudança  nos tributos não necessita sequer ser aprovada. Basta que existam sinais de que esteja avançando no Congresso.

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