A fusão entre a Microsoft e a Activision Blizzard, anunciada em janeiro do ano passado e alvo de agências regulatórias na Europa e nos Estados Unidos, está a um passo de ser finalmente sacramentada.
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) teve um recurso negado pela Justiça americana. O órgão pedia a suspensão emergencial de uma recente decisão judicial que avalizou o negócio entre as duas empresas.
Com isso, está aberto o caminho para que Microsoft e Activision concluam o negócio.
“Isso nos aproxima mais um pouco da linha de chegada nessa maratona de análises regulatórias globais”, afirmou o presidente da Microsoft, Brad Smith, por meio de um comunicado. A Activision ainda não se manifestou.
Agora, o único obstáculo à fusão é a Competition and Markets Authority (CMA), agência reguladora de mercado do Reino Unido. Em abril, como noticiado pelo Metrópoles, a CMA se posicionou de forma contrária à compra da Activision pela Microsoft.
Depois de analisar os documentos relativos à aquisição, o órgão regulatório demonstrou preocupação com o impacto do negócio sobre o segmento de games via nuvem. Se concretizada, a transação seria a maior da história da indústria dos games, envolvendo US$ 69 bilhões (R$ 330,8 bilhões).
A Microsoft detém o controle de 60% a 70% do mercado global de streaming de games via nuvem. Segundo a CMA, com a possível compra da Activision Blizzard, a companhia ficaria em situação de vantagem ainda maior em relação às concorrentes do setor.
A Microsoft espera concluir o negócio até o dia 18. Depois desse prazo, por questões contratuais, a empresa teria de pagar uma multa de US$ 3 bilhões (R$ 14,3 bilhões) para a Activision.
A Microsoft é fabricante dos consoles Xbox e também conta com um serviço de assinatura na nuvem com uma série de jogos, entre os quais o Xbox Game Pass. A Activision, por sua vez, é criadora de títulos de enorme sucesso, como Call of Duty, World of Warcraft e Guitar Hero.
