Mais de 50% das empresas industriais com créditos contratados estão com parcelas em atraso ou preveem dificuldades de pagamento em até seis meses, o que tende a aumentar a inadimplência no setor. É isso o que indica a pesquisa “Endividamento no Crédito Livre”, divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta quinta-feira (20/7). O levantamento foi feito com 339 indústrias paulistas, de diversos setores e portes, entre 24 de maio e 9 de junho.
Além disso, 70% das empresas pesquisadas buscaram as instituições financeiras para renegociar as condições de empréstimo. Em 87,5% das vezes, a demanda era de aditamento, repactuação ou reorganização dos contratos. Metade, porém, não conseguiu concluir a renegociação.
De acordo com o levantamento, 30,1% das indústrias pesquisadas contrataram capital de giro. O ano com o maior número de contratos desse foi 2022, com 45,1%.
As altas taxas de juros, as dificuldades relacionadas à documentação e as exigências de garantias muito elevadas foram apontados como fatores limitantes para a solicitação de crédito. Do total, 56,1% das indústrias informaram não precisar de empréstimos no momento da pesquisa.
