O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira (14/12) a manutenção da taxa básica de juros, como já era esperado pelo mercado.
A taxa de refinanciamento (a principal) definida pelo BCE se manteve em 4,5%, enquanto a taxa sobre depósitos seguiu em 4%. A taxa sobre empréstimos marginais permanece em 4,75%.
A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação. A meta de inflação estipulada pelo BCE é de 2% ao ano.
Em novembro, segundo dados preliminares, a inflação na zona do euro desacelerou pelo sétimo mês seguido, para 2,4%, bem próxima da meta. Mesmo assim, a autoridade monetária europeia ainda não iniciou o ciclo de queda dos juros.
“Embora a inflação tenha diminuído nos últimos meses, é provável que recupere sua força temporariamente no curto prazo. De acordo com as últimas projeções para a zona do euro, a inflação deverá diminuir gradualmente ao longo do próximo ano, antes de se aproximar da meta de 2% do Conselho do BCE em 2025″, afirmou a autoridade monetária europeia no comunicado que acompanha a decisão.
“A inflação subjacente diminuiu ainda mais. Mas as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, principalmente devido ao forte crescimento dos custos unitários do trabalho. Os especialistas esperam que a inflação, excluindo produtos energéticos e alimentares, se situe, em média, em 5% em 2023, 2,7% em 2024, 2,3% em 2025 e 2,1% em 2026”, diz o BCE.
“O Conselho do BCE está determinado a garantir que a inflação regresse ao seu objetivo de médio prazo de 2% em tempo útil. Com base na sua avaliação atual, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro se encontram em níveis que, mantidos por um período suficientemente longo, contribuirão substancialmente para esse objetivo. As decisões futuras do Conselho do BCE garantirão que as suas taxas serão fixadas em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário.”
