Mercado volta a subir estimativa de inflação para 2023 e 2024

Inflação deve terminar este ano em 5,78%, segundo a nova edição do Relatório Focus, do Banco Central; economistas baixam projeção para o PIB

atualizado 06/02/2023 9:42

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Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a elevar as estimativas de inflação para 2023 e 2024. É o que mostra o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (6/2).

De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,78% – a projeção da semana passada era de 5,74%. É a oitava semana consecutiva de alta.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Os economistas ouvidos pelo BC também aumentaram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,9% para 3,93%) e mantiveram a de 2025 (3,5%).

Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.

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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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Selic

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para 2023, de 12,5% ao ano.

Para 2024, a projeção aumentou de 9,5% ao ano para 9,75% ao ano. A estimativa de 2025 subiu de 8,5% para 9% ao ano.

Em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada, a Selic foi mantida em 13,75% ao ano.

A Selic segue no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Foi a quarta reunião consecutiva em que o Copom não alterou a taxa de juros – que permanece nesse nível desde agosto.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

PIB

Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 0,79%, o que representa ligeira redução em relação à estimativa da semana anterior (alta de 0,8%).

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira permaneceu estável em 1,5%.

Dólar

Os analistas consultados pelo BC mantiveram a projeção para o dólar em 2023, em R$ 5,25. Para 2024, a estimativa continuou em R$ 5,30.

Relatório Focus

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas, considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado sempre às segundas-feiras.

O documento traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

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