Mercado volta a baixar estimativa de inflação e vê PIB maior em 2024

Segundo o Relatório Focus, do BC, inflação no Brasil em 2024 será de 3,86%, enquanto PIB deve crescer 1,6%. Selic fecharia este ano em 9%

atualizado 22/01/2024 8:29

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Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir a estimativa de inflação para 2024. É o que mostra a quarta edição deste ano do Relatório Focus, divulgada nesta segunda-feira (22/1).

De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar o ano em 3,86%, ante 3,87% projetados na semana passada.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. O mercado espera, portanto, que a inflação fique dentro da meta neste ano.

Em relação ao ano que vem, os economistas consultados pelo BC mantiveram a projeção em 3,5%. Para 2026, o índice esperado também foi mantido em 3,5%.

Em 2023, o IPCA terminou em 4,62%, abaixo do teto da meta estipulada pelo CMN. Foi a primeira vez em três anos que a inflação no país ficou dentro da meta.

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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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PIB

Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 deve ter crescimento de 1,6%, leve alta em relação à estimativa de 1,59% da semana passada.

Para 2025 e 2026, a previsão de crescimento da economia se manteve em 2%.

No terceiro trimestre de 2023, o PIB brasileiro desacelerou, mas veio acima das projeções dos analistas e registrou leve alta de 0,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Especialistas e o próprio governo trabalham com um crescimento de cerca de 3% do PIB em 2023.

Selic

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2024 em 9% ao ano. Para 2025 e 2026, a projeção segue em 8,5% ao ano.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2023, a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual, fechando o ano passado em 11,75% ao ano. Foi o quarto corte da taxa básica de juros desde agosto. A próxima reunião do colegiado, a primeira de 2024, está marcada para os dias 30 e 31 de janeiro.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Dólar

Os analistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o dólar em 2024 de R$ 4,95 para R$ 4,92.

Para 2025, a estimativa foi mantida em R$ 5. Para 2026, caiu de R$ 5,06 para R$ 5,05.

Relatório Focus

O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado, normalmente, às segundas-feiras.

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