O Banco do Brasil registrou um lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, o que representou um crescimento de 14%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2023, o lucro líquido ajustado foi de R$ 8,8 bilhões, 4,5% superior ao mesmo período de 2022. Os números fazem parte do balanço do BB, divulgado nesta quarta-feira (8/11).
De acordo com o Banco do Brasil, a performance nos nove primeiros meses do ano foi reflexo do crescimento da margem financeira bruta (+30,4%). Ela foi impulsionada pelos resultados da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários alocados em tesouraria. As receitas de prestação de serviços cresceram 5%.
Houve, porém, elevação das despesas de PCLD ampliada (101,2%). Esses gastos são para a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa e representam uma estimativa para possíveis perdas que poderão ocorrer pelo não recebimento de dívidas. As despesas administrativas subiram 8%, segundo o BB, impulsionadas por investimentos em tecnologia.
A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários, privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,07 trilhão em setembro, crescimento de 10% frente ao mesmo mês de 2022 e 2% em relação a junho de 2023. A carteira de negócios sustentáveis, que totalizou R$ 338,8 bilhões, teve crescimento de 5,5% em 12 meses, representando 32% da carteira de crédito ampliada do BB.
Inadimplência
O índice de inadimplência acima de 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) atingiu 2,81% (abaixo do Sistema Financeiro, que registrou indicador de 3,5%) e o índice de cobertura (relação entre o saldo de provisões e o saldo de operações vencidas há mais de 90 dias) foi de 199,1%.
Crédito
A carteira ampliada de crédito para pessoa física registrou avanço de 0,7% na comparação com junho de 2023 e de 7,9% em 12 meses, alcançando R$ 304,1 bilhões, influenciada, principalmente, pelo desempenho na carteira de crédito consignado (+2,0% no trimestre e +8,9% em 12 meses).
Os empréstimos para pessoas jurídicas aumentaram 4,7% em 12 meses, atingindo R$ 371,4 bilhões, com destaque para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), com evolução de 4,2% no trimestre e 14,2% em 12 meses.
Agronegócio
No agronegócio, a carteira de crédito alcançou o saldo de R$ 339,9 bilhões, crescimento de 5,7% em relação a junho de 2023 e de 18,9% em 12 meses. Destaque para as linhas de custeio (+14,2% no trimestre e +18,9% em 12 meses), de investimentos (+4,8% no trimestre e +37,1% em 12 meses) e de comercialização (+8,7% no trimestre e +64,9% em 12 meses). De julho a setembro, ou seja, no primeiro trimestre de atuação no Plano Safra 2023/2024, o BB desembolsou R$ 68,8 bilhões, um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período da safra anterior.
