A JBS, a maior produtora de proteína animal do mundo, encerrou o segundo trimestre deste ano com prejuízo líquido de R$ 263,6 milhões. O número representou uma melhora em relação às perdas do primeiro trimestre, quando a empresa anotou queda de R$ 1,45 bilhão. Ainda assi, ele ficou muito abaixo do lucro de R$ 3,9 bilhões, obtido no segundo trimestre de 2022. Os números constam do balanço divulgado pela companhia nesta segunda-feira (14/8).
De acordo com a empresa, os resultados do segundo semestre de 2023 foram afetados pelo excesso de oferta de aves, que prejudicou a performance da Seara, controlada pelo grupo. Além disso, o negócio de bovinos nos Estados Unidos teve margens menores – e eles têm grande peso nos resultados consolidados da empresa.
Na avaliação do CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, os resultados de 2023 são incomparáveis com a mesma época do ano passado, uma vez que naquele período o mundo saía da pandemia e “houve estímulo financeiro de governos para a população em todos os países”. Com isso, a indústria pôde contar com uma maior demanda por carnes.
Em comunicado divulgado pela empresa, disse Tomazoni: “Para os próximos meses, observamos um cenário de maior equilíbrio na oferta de aves, com potencial positivo nos preços do setor, e já estamos capturando em nossa estrutura de custos a queda dos preços do milho, condição que também beneficia o negócio de suínos”.
Números do balanços
A receita líquida no segundo trimestre totalizou R$ 89,38 bilhões, um crescimento de 3,1% na comparação trimestral, mas uma queda de 3% em relação ao ano passado.
A JBS Brasil, que reúne negócios de bovinos da empresa no país, apresentou receita líquida de R$ 13,9 bilhões, num crescimento de 14,6% na comparação com o primeiro trimestre e queda de 0,9% em relação há um ano atrás. A Seara obteve receita líquida de R$ 10,3 bilhões, em linha com o trimestre anterior, mas uma queda de anual 3,5%.
Já o negócio de bovinos nos Estados Unidos teve receita líquida US$ 5,8 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 10,3% na comparação trimestral. No final do segundo trimestre, o endividamento líquido do grupo estava em US$ 16,7 bilhões, uma alta de 1% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
