IPCA-15: prévia da inflação acelera para 0,35% em setembro

O resultado representa uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA-15 ficou em 0,28%. Gasolina puxou índice em setembro

atualizado 26/09/2023 9:28

Compartilhar notícia
gasolina puxa alta da inflação e goiânia lidera variação no brasil Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,35% em setembro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (26/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa uma aceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA-15 ficou em 0,28%.

Em julho, o índice teve deflação de 0,07%, a primeira em 10 meses. Em junho, ficou em 0,04%.

O IPCA-15 veio ligeiramente abaixo das expectativas do mercado financeiro. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, estimava índice de 0,38% em setembro.

No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA-15 ficou em 5%, acelerando em relação aos 4,24% registrados até agosto. A projeção do consenso Refinitiv era a de que o índice ficasse em 5,01%.

No acumulado do ano, até setembro, o IPCA-15 ficou em 3,74%.

Gasolina puxa alta do IPCA-15

De acordo com o levantamento do IBGE, seis dos nove grupos pesquisados registraram alta em setembro. A maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 ponto percentual) vieram de transportes, com forte influência da gasolina, que teve alta de 5,18%.

Em relação aos demais combustíveis (4,85%), o óleo diesel (17,93%) e o gás veicular (0,05%) também tiveram alta, enquanto o etanol (-1,41%) registrou queda nos preços.

Depois do recuo de 11,36% em agosto, houve alta de 13,29% nas passagens aéreas (13,29%) em setembro.

O grupo habitação (0,3%) desacelerou em relação ao mês anterior. O destaque das quedas ficou com alimentação e bebidas (-0,77%). Os demais grupos ficaram entre a queda de artigos de residência (-0,47%) e a alta de vestuário (0,41%).

Veja a variação de preços por grupo pesquisado

Transportes: 2,02%
Vestuário: 0,41%
Despesas pessoais: 0,35%
Habitação: 0,3%
Saúde e cuidados pessoais: 0,17%
Educação: 0,05%
Comunicação: -0,15%
Artigos de residência: -0,47%
Alimentação e bebidas: -0,77%

Alta da inflação no 2º semestre era esperada por analistas

Especialistas ouvidos pelo Metrópoles já esperavam que a inflação voltaria a subir no Brasil a partir do segundo semestre. O índice cheio do IPCA (a inflação oficial do país) registrado em junho (deflação de 0,08%), segundo eles, será o patamar mínimo do indicador em 2023.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), o mercado projeta que a inflação termine 2023 em 4,86%, um pouco acima do teto da meta definida pelo CMN.

9 imagens
Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
1 de 9

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
2 de 9

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

Olga Shumytskaya/ Getty Images
3 de 9

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

Javier Ghersi/ Getty Images
4 de 9

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

boonchai wedmakawand/ Getty Images
5 de 9

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

Eoneren/ Getty Images
6 de 9

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

selimaksan/ Getty Images
7 de 9

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

Adam Gault/ Getty Images
8 de 9

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

Javier Zayas Photography/ Getty Images
9 de 9

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

coldsnowstormv/ Getty Images

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar