Depois de acelerar forte em agosto, a inflação nos Estados Unidos se manteve estável em setembro. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (12/10) pelo Departamento do Trabalho do governo americano, o índice ficou em 3,7%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) também havia ficado em 3,7%.
O resultado veio praticamente em linha com as estimativas da maioria dos analistas, que giravam em torno de 3,6% na base anual.
Já na base mensal, em relação a agosto deste ano, a inflação americana foi de 0,4%, desacelerando em relação ao 0,6% do mês anterior. O resultado veio dentro projeções do mercado, que eram de 0,3%.
Núcleo de inflação
O núcleo de inflação, que desconsidera a variação dos preços de alimentos e energia, ficou em 0,3% em setembro e em 4,1% nos últimos 12 meses. Em agosto, o índice acumulado estava em 4,3%.
Juros
A inflação nos EUA continua como foco de preocupação do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), responsável pela definição da taxa básica de juros no país.
O resultado de setembro era muito aguardado pelo mercado, em meio às expectativas pelos próximos passos da autoridade monetária americana.
No último encontro, o Comitê de Política Monetária do Fed (Fomc) manteve a taxa de juros no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 13 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em duas.
A resiliência do mercado de trabalho nos EUA, que continua aquecido, tem levado analistas a temerem um novo aperto da política monetária. A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação e desaquecer a economia.
Inflação ao produtor
Na quarta-feira (11/10), como noticiado pelo Metrópoles, o Departamento do Trabalho divulgou os resultados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), também muito esperado pelo mercado.
No mês passado, o indicador ficou em 0,5%, ante 0,7% de agosto. Já na comparação anual, em relação a setembro de 2022, o IPP foi de 2,2%.
Os resultados vieram acima do que esperava o mercado. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, estimava uma inflação ao produtor de 0,3% (na base mensal) e 1,6% (na comparação anual).
