Inflação fecha 2022 em 5,79% e estoura meta pelo 2º ano seguido

O centro da meta de inflação era de 3,5% no ano passado, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo

atualizado 10/01/2023 10:08

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Felipe Menezes/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,62% em dezembro do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o Brasil encerrou 2022 com inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.

Em novembro de 2022, o IPCA ficou em 0,41%.

O centro da meta era de 3,5% no ano passado, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (5%) ou para baixo (2%). Levando em consideração o centro da meta, 2022 foi o quarto ano seguido em que o IPCA terminou acima do projetado pelo Banco Central (BC).

Apesar do novo estouro da meta, a inflação no Brasil finalizou o ano passado em um patamar bem inferior ao registrado em 2021, quando havia subido 10,06%.

Os resultados da inflação em dezembro e no acumulado de 2022 vieram acima das projeções do mercado. O consenso Refinitiv estimava que os índices seriam de 0,44% (mensal) e 5,6% (anual).

Todos os grupos tiveram alta

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram alta no último mês do ano passado.

O maior impacto veio do segmento de saúde e cuidados pessoais, cuja variação no mês foi de 1,6%, o que representou 0,21 ponto percentual no resultado geral da inflação.

O grupo de alimentos e bebidas também contribuiu de forma significativa para o índice final, com alta de 0,66% (0,14 ponto percentual no IPCA geral).

Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total do IPCA em dezembro.

Os preços do segmento de vestuário avançaram 1,52% no período. Transportes (0,21%) e habitação (0,2%) desaceleraram em relação ao mês anterior.

Perspectivas para 2023

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC voltaram a elevar as estimativas de inflação para 2023, 2024 e 2025. É o que mostrou o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (9/1).

De acordo com o relatório, o IPCA deve terminar este ano em 5,36% – a projeção da semana passada era de 5,31%. É a quarta semana consecutiva de alta.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25% – e será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Os economistas ouvidos pelo BC também subiram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,65% para 3,7%) e 2025 (de 3,25% para 3,3%).

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