Depois de operar em baixa praticamente desde o início do pregão desta quinta-feira (16/2), o Ibovespa inverteu o sinal e passou a subir no meio da tarde, com a repercussão das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre sua relação com o Banco Central (BC). Por volta das 16h30, o índice operava próximo da estabilidade.
Em entrevista à CNN Brasil, Lula disse que não interessa a ele brigar com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que se tornou alvo de críticas do PT sobre a taxa de juros e as metas de inflação.
“Não cabe ao presidente da República ficar brigando com o presidente do Banco Central. Eu até teria direito, porque ele não é presidente do BC indicado por mim, ele foi indicado pelo (Jair) Bolsonaro, ele foi indicado pelo (Paulo) Guedes. Significa que a cabeça política dele é uma cabeça muito diferente da minha e daqueles que votaram em mim. Mas ele está lá, tem um mandato”, disse Lula.
Por volta das 15h30, o Ibovespa começou a subir, invertendo a tendência registrada desde o início da manhã. Às 16h15, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira operava perto da estabilidade, avançando 0,03%, aos 109.634,30 pontos.
Na máxima do dia, o Ibovespa alcançou 109,7 mil pontos. A mínima foi de 108,3 mil. O volume negociado no pregão até aqui é de R$ 16,5 bilhões.
Além da fala de Lula, o Ibovespa é puxado pela recuperação das ações da Petrobras, que recuavam no início do pregão, e pelo resultado positivo da Vale.
Os papéis da Petrobras avançavam 0,26%, enquanto a Vale subia 1%.
Dólar
O dólar, que começou o dia em alta, agora opera mais próximo da estabilidade.
Às 16h25, a moeda americana subia 0,17% e era negociada a R$ 5,228.
Na cotação máxima do dia, o dólar foi a R$ 5,26. Na mínima, recuou para R$ 5,197.