O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, encerrou o pregão desta terça-feira (19/9) em baixa, com os investidores à espera da “superquarta”.
Na quarta-feira (20/9), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (o Fed, Banco Central americano) vão divulgar as taxas básicas de juros nos dois países. “Superquarta” é o termo usado no mercado para o dia em que coincidem as divulgações das taxas básicas de juros nos dois países.
No Brasil, a taxa Selic está em 13,25% ao ano, após uma redução de 0,5 ponto percentual na última reunião do Copom. A maioria dos analistas acredita em uma nova queda de 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
Nos EUA, os juros foram elevados em 0,25 ponto percentual na última reunião do Fomc, para um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano – a maior taxa em 22 anos. A expectativa do mercado é que agora o Fed mantenha a taxa inalterada.
No fim do pregão desta terça, o Ibovespa recuou 0,37%, aos 117.845,78 pontos. No dia anterior, o índice fechou em baixa de 0,4%, aos 118,2 mil pontos.
Vale e Petrobras não salvam a Bolsa
Entre as ações mais negociadas do pregão, os papéis da Vale avançaram 0,19%, a R$ 68,85. As ações da Petrobras subiram 0,23%, a R$ 34,21.
Apesar dos ganhos de Vale e Petrobras, dois setores foram determinantes para a queda do Ibovespa: o bancário e o varejista.
O Itaú puxou a fila das perdas dos bancos, com recuo de 1,14%, seguido por Itaú Unibanco (-0,44%) e Banco do Brasil (-0,5%).
Os varejistas também registraram perdas, com uma exceção: as Casas Bahia, que avançaram 2,74%, depois de oito quedas consecutivas.
Dólar em alta
O dólar, por sua vez, registrou baixa de 0,35% e foi negociado a R$ 4,873 ao fim da sessão.
Na véspera, a moeda americana teve queda de 0,31%, cotado a R$ 4,855. Com o resultado, acumula perdas de 1,57% em setembro e 7,68% em 2023.
Prévia do PIB
No cenário doméstico, os investidores também repercutem nesta terça o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O indicador registrou alta de 0,44% em julho, na comparação com o mês anterior. O resultado de julho veio acima do esperado pelos analistas, que projetavam crescimento de 0,3% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.
