O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que a meta do governo de zerar o déficit primário e equilibrar as contas públicas em 2024 é “desafiadora” e “põe pressão” sobre a equipe econômica.
A meta de déficit zero, considerada cada vez mais improvável por analistas, foi mantida no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2024, encaminhado ao Congresso. Se ela for cumprida, o governo terminará o ano que vem com despesas equivalentes às receitas e sairá do vermelho.
“A equipe está muito empenhada em obter os melhores resultados possíveis. Não vamos abdicar das nossas metas em virtude da dificuldade. Se houver qualquer tipo de frustração aqui ou ali, vamos tomar medidas para repor o que possa se frustrar”, afirmou Haddad em entrevista coletiva nesta sexta-feira (1º/9), no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo.
“É desfiador. Ninguém está negando que é uma meta desafiadora. E isso põe pressão sobre todos nós, uma pressão benéfica. Todo mundo tem que remar para o mesmo lugar”, disse Haddad.
“A equipe está segura de que nós vamos melhorar o desempenho fiscal do país no ano que vem se as medidas que nós mandamos para o Congresso forem aprovadas”, completou o ministro.
Segundo Haddad, o projeto do novo Marco Fiscal, aprovado pelo Congresso, “é a garantia de que nós vamos fechar essa conta em algum momento do futuro”. “Quanto mais cedo isso acontecer, melhor para a economia brasileira. Vamos lutar para que aconteça no ano que vem”, afirmou.
