Grupo Petrópolis, dono da Itaipava, pede recuperação judicial

As dívidas do Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava, Crystal e Petra, somam R$ 4,2 bilhões

atualizado 05/04/2023 12:07

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Imagem de várias garrafas de cerveja da marca Itaipava, do Grupo Petrópolis, uma ao lado da outra - Metrópoles Divulgação

O Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava, Crystal e Petra, apresentou à Justiça do Rio de Janeiro um pedido de recuperação judicial. As dívidas do grupo somam R$ 4,2 bilhões.

A companhia tenta evitar o vencimento de uma parcela de R$ 105 milhões de uma dívida que vence nesta terça-feira (28/3).

Segundo o Grupo Petrópolis, ao todo, a dívida financeira e de mercado de capitais (incluindo debêntures) é de R$ 2 bilhões, enquanto a dívida com terceiros está em R$ 2,2 bilhões.

A juíza Elisabete Franco Longobardi, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, concedeu ao grupo uma liminar que determinou a liberação dos recursos da companhia por instituições como Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. A magistrada também nomeou como administradores judiciais o escritório de advocacia Zveiter e a empresa Preserva-Ação.

Segundo o Grupo Petrópolis, o pedido feito à Justiça tem o objetivo de evitar o “iminente estrangulamento do fluxo de caixa” da empresa. De acordo com o documento apresentado, a companhia enfrenta uma crise de liquidez há mais de um ano por causa da redução de receitas.

No ano passado, a cervejaria Petrópolis vendeu 24,1 milhões de hectolitros de bebidas, uma queda de 23% na comparação com 2020.

A companhia acusa alguns de seus concorrentes de adotarem um “planejamento tributário abusivo” para não repassar o aumento de custos dos últimos dois anos ao consumidor final. Segundo o documento, a Petrópolis não utilizou a mesma estratégia e teve de reduzir as margens de lucro para seguir competitiva.

“A combinação desses fatores, exógenos e alheios ao controle das requerentes, gerou uma crise de liquidez sem precedentes no Grupo Petrópolis, que comprometeu seu fluxo de caixa a ponto de obrigá-lo a buscar a proteção legal com o ajuizamento deste pedido de recuperação judicial”, diz o documento.

A recuperação judicial é um processo que permite às organizações renegociarem suas dívidas, evitando o encerramento das atividades, demissões ou falta de pagamento aos funcionários. Por meio desse instrumento, as empresas ficam desobrigadas de pagar aos credores por algum tempo, mas têm de apresentar um plano para acertar as contas e seguir em operação. Em linhas gerais, a recuperação judicial é uma tentativa de evitar a falência.

Em nota encaminhada ao Metrópoles, o Grupo Petrópolis afirma que “adotou esse recurso, tendo como prioridade manter a sua operação e produção regulares e a preservação dos 24 mil empregos diretos e estimados 100 mil indiretos gerados”.

“O foco principal do Grupo Petrópolis, neste momento, é garantir a manutenção da operação, a qualidade de seus produtos, o abastecimento da cadeia de distribuição e, consequentemente, sua capacidade de geração de receita, bem como honrar seus compromissos com funcionários, fornecedores e parceiros”, diz a nota.

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