Desemprego cai para 8,3% e atinge 8,9 milhões de brasileiros, diz IBGE

Desemprego no país foi menor do que o registrado em abril (8,6%) e recuou 1,5 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2022

atualizado 30/06/2023 10:07

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Mão segurando carteira de trabalho com pessoas caminhando na rua desfocadas ao fundo Rafaela Felicciano/Metrópoles

A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 8,3% no trimestre móvel encerrado em maio deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (30/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice do período entre março e maio foi menor do que o registrado no trimestre móvel de fevereiro a abril de 2023 (8,6%) e recuou 1,5 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior (9,8%).

Trata-se do menor nível de desemprego para um trimestre móvel encerrado em maio desde 2015, quando a taxa também ficou em 8,3%.

O índice de desemprego de maio veio dentro das expectativas do mercado. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, estimava uma taxa de desocupação justamente de 8,3%.

“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.

De acordo com o levantamento do IBGE, a população desocupada do país diminuiu 3% em relação ao trimestre anterior, o que significou 279 mil pessoas a menos à procura de trabalho. Em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 15,9% (menos 1,7 milhão de pessoas).

Já o contingente de pessoas ocupadas (98,4 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e aumentou 0,9% (mais 884 mil pessoas) na base de comparação anual.

Rendimento real

De acordo com os dados do IBGE, o rendimento real habitual do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.901 em maio, o que indica estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 6,6%.

Principais resultados da pesquisa

  • Taxa de desemprego: 8,3%
  • População desocupada: 8,9 milhões de pessoas
  • População ocupada: 98,4 milhões
  • População fora da força de trabalho: 67,1 milhões
  • População desalentada: 3,7 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 12,9 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,3 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,9%

Análise e projeções

Para Marco Caruso, economista-chefe do PicPay, o resultado da Pnad Contínua mostra que “grande parte da estabilização do desemprego em patamar baixo se deve as pessoas consideradas aptas a trabalhar, mas que não estão procurando emprego”. “Um possível incentivo para esse movimento são os estímulos de transferência de renda por parte do governo, com contornos de renda permanente”, avalia.

“Olhando à frente, na nossa visão a ocupação segue forte, mas veremos uma perda de fôlego da atividade econômica que pode levar parte da população a voltar procurar emprego, pressionando a taxa de desemprego”, projeta Caruso.

“O grande destaque é quando isso vai acontecer, tendo em vista que a resiliência do mercado de trabalho tem se mostrado duradoura. No nosso entendimento, esperamos que a taxa de desocupação resista em patamares baixos por mais algum tempo. Para 2023, projetamos uma taxa média de desemprego de 8,4%.”

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