Mais de 500 funcionários da OpenAI, a criadora do ChatGPT, prepararam um documento no qual ameaçam uma debandada coletiva, caso a empresa não reverta a demissão de Sam Altman (foto em destaque), o ex-CEO e cofundador da companhia. As saídas de Altman e de outro alto executivo, Greg Brockman, foram anunciadas na sexta-feira (17/11).
O texto dos funcionários, reproduzido por sites como o da revista de tecnologia “Wired” e do jornal britânico “Financial Times”, fala em “má-fé” do conselho da empresa por não ter comprovado os motivos do desligamento de Altman. O documento exige que a cúpula da startup renuncie e nomeie diretores independentes.
Ao anunciar a demissão, na sexta, o conselho afirmou ter concluído que Altman “não era sincero” e não seria possível confiar em sua capacidade de liderança. Os integrantes do órgão, contudo, não forneceram mais detalhes sobre o assunto.
A OpenAI atualmente possui cerca de 770 trabalhadores. Entre os nomes dos signatários do protesto estava o de Ilya Sutskever, o cientista-chefe da empresa e integrante do conselho de quatro pessoas que votou pela demissão de Altman.
Migração para Microsoft
Depois da saída da empresa, Altman nem esquentou o banco do desemprego. No fim de semana, ele e Brockman foram contratados pela Microsoft para liderar uma nova equipe de pesquisa avançada em inteligência artificial da gigante de tecnologia.
Os 500 funcionários que assinaram o protesto afirmaram que podem seguir o mesmo caminho se juntar a Altman e Brockman no novo emprego. Eles disseram que a Microsoft garantiu vagas a todos.
“Incompetentes”
Sobre o conselho, os funcionários revoltosos escreveram: “Suas ações deixaram claro que vocês são incapazes de supervisionar a OpenAI. Não podemos trabalhar para ou com pessoas que carecem de competência, discernimento e preocupação com nossa missão e funcionários”.
A Microsoft, criada por Bill Gates, investiu US$ 13 bilhões na OpenAI. Representantes da empresa não comentaram o assunto.
