O comunicado divulgado nesta quarta-feira (13/12) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), mantém a expectativa de novos cortes de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros do país, a Selic, nas próximas reuniões do órgão, em 2024.
Sobre o tema, disse o Copom, em comunicado com uma análise preliminar sobre a redução da Selic, fixada em 11,75% ao ano, nesta quarta-feira (13/12): “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.
Uma novidade no texto divulgado nesta quarta foi uma a análise mais favorável do cenário internacional. “O ambiente externo mostra-se adverso”, afirmaram os diretores do BC, no comunicado divulgado na reunião anterior do órgão, em 1º de novembro. Agora, o tom mudou. O Copom diz que o quadro “segue volátil, mas menos adverso”.
Em relação ao cenário doméstico, o comunicado relata a queda na expectativa de inflação para 2023, 2024 e 2025, apurada pela pesquisa Focus. “Elas (as estimativas) se encontram em torno de 4,5%, 3,9% e 3,5%, respectivamente.” No comunicado anterior, eram de 4,6%, 3,9% e 3,5%. Ou seja, na prática, caiu a projeção de 2023.
Questão fiscal
O Copom fez ainda, no novo comunicado, um “copia e cola” da avaliação da questão fiscal, contida no relatório de novembro, que trata da relação entre gastos e receitas do governo federal. “Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas.”
