Copom: arcabouço reduziu incertezas, mas “aperto” ainda é necessário

Ata do Copom diz que BC "seguirá acompanhando a tramitação e a implementação do arcabouço fiscal apresentado pelo governo"

atualizado 09/05/2023 8:34

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fachada do banco central em Brasília Igo Estrela/Metrópoles

Em ata divulgada nesta terça-feira (9/5), referente à última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, o Banco Central (BC) reconheceu o esforço do governo com a apresentação do projeto do novo arcabouço fiscal.

Segundo o Copom, o novo marco fiscal, entregue ao Congresso e que deve substituir o atual teto de gastos, contribuiu para diminuir as incertezas no âmbito fiscal, mas a política monetária ainda deve permanecer rígida para combater a inflação.

“A inflação ao consumidor continua elevada. Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”, diz a ata do Copom.

De acordo com o comitê, “a redução das pressões inflacionárias continua a requerer o compromisso e a determinação dos bancos centrais com o controle da inflação, através da manutenção de um aperto de condições financeiras mais prolongado”.

“O comitê discutiu também os impactos do cenário fiscal sobre a inflação e avalia que a apresentação do arcabouço fiscal reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública”, afirma o BC. “O comitê seguirá acompanhando a tramitação e a implementação do arcabouço fiscal apresentado pelo governo e em apreciação no Congresso.”

Em relação à manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano pela sexta reunião consecutiva, o Copom avalia que “que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024”.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o texto. Para o Copom, “no âmbito doméstico, o conjunto de indicadores recentes segue corroborando o cenário de desaceleração gradual do crescimento esperado pelo comitê”.

Cenário externo “adverso”

Na ata divulgada pelo BC, o Copom classifica o ambiente externo como “adverso” e cita a crise enfrentada por alguns bancos estrangeiros.

“ O ambiente externo se mantém adverso. Os episódios envolvendo bancos no exterior têm elevado a incerteza, mas com contágio limitado sobre as condições financeiras até o momento, requerendo contínuo monitoramento. O impacto desses episódios sobre as condições financeiras e, consequentemente, sobre o crescimento global ainda é incerto, porém tem viés negativo”, diz o BC.

A Selic segue no maior nível desde novembro de 2016, quando também estava em 13,75% ao ano. A taxa de juros permanece nesse nível desde agosto do ano passado.

Antes de os juros chegarem a 13,75% ao ano, o Copom havia elevado a Selic 12 vezes seguidas, em um ciclo que teve início em março de 2021, em meio à alta nos preços de alimentos, energia e combustíveis.

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