Com os investidores atentos ao acirramento da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, o dólar operava em alta e o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, registrava perdas no início do pregão desta sexta-feira (20/10), o último da semana.
Por volta das 10h15, o dólar subia 0,24% e era negociado a R$ 5,065. Na máxima das primeiras horas de sessão, a moeda americana foi vendida a R$ 5,099.
No dia anterior, o dólar ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,02%, cotado a R$ 5,052. Com o resultado, acumula ganhos de 0,52% no mês e perdas de 4,26% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa, por sua vez, iniciou o pregão operando em leve queda, também influenciado, principalmente, pelo cenário externo.
Às 10h20, o índice recuava 0,3%, abaixo dos 114 mil pontos (113667,20).
Na véspera, a Bolsa brasileira fechou em baixa de 0,05%, aos 114 mil pontos. Com o resultado, acumula recuo de 2,2% em outubro e alta de 3,89% em 2023.
Guerra e petróleo
Como noticiado mais cedo pelo Metrópoles, o preço do petróleo voltou a registrar forte alta nesta sexta e ultrapassou os US$ 93 o barril.
O barril do tipo Brent, considerado referência no mercado internacional, subia 1,21% por volta das 9 horas (horário de Brasília), negociado a US$ 93,50. O WTI, padrão para o mercado dos Estados Unidos, subia 1,68%, a US$ 90,60 o barril.
Nas primeiras horas desta sexta, Israel bombardeou a Faixa de Gaza e deu início a uma evacuação em região próxima da fronteira com o Líbano, aumentando os rumores de que o país pode fazer uma incursão terrestre.
Juros na China
Ainda no cenário internacional, os investidores também repercutem a decisão do Banco Central da China, já esperada, de manter inalterada a taxa de juros de referência para empréstimos de 1 ano em 3,45%.
A autoridade monetária chinesa informou ainda que a taxa para empréstimos de 5 anos foi mantida em 4,2%. Trata-se da taxa de referência para os custos do mercado imobiliário, que enfrenta uma forte crise.
Prévia do PIB no Brasil
No cenário doméstico, o mercado analisa o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que registrou queda de 0,77% em agosto, na comparação com o mês anterior. Em julho, o IBC-Br havia avançado 0,44%.
O resultado de agosto veio pior do que o esperado pelos analistas, que projetavam um recuo de 0,3% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.
A prévia do PIB confirma um cenário de desaceleração da economia brasileira no segundo semestre, já esperado pelos analistas. O resultado foi o pior desde maio deste ano, quando o IBC-Br recuou 1,85%.