A crise do Silicon Valley Bank (SVB) está provocando um rearranjo das expectativas sobre o curso da política monetária nos Estados Unidos. Até a semana passada, o mercado apostava que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevaria a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, ou mesmo em 0,50 ponto percentual, na reunião marcada para 22 de março.
Agora, com o colapso da instituição financeira, essa perspectiva mudou. No fim da tarde dessa segunda-feira (13/3), as indicações eram de que havia 62% de chance de uma alta de 0,25 ponto percentual e 38% de probabilidade de manutenção dos juros no patamar atual, de 4,5% a 4,75% ao ano. Ou seja, a perspectiva de 0,50, a mais radical, evaporou do mapa.
Em março de 2022, a taxa de juros nos EUA era de apenas 0,25% ao ano. Desde então, o Fed vem promovendo sucessivas altas do indicador, com o objetivo de desaquecer a economia americana e, com isso, conter a inflação.
De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (14/3), os preços ao consumidor americano subiram 0,4% em fevereiro. O número veio dentro da expectativa dos agentes econômicos e representa uma leve queda em relação a janeiro, quando o indicador registrou aumento de 0,5%. Um avanço mais moderado da inflação também contribui para conter a ascensão dos juros nos EUA.
