A startup americana OpenAI, que criou o ChatGPT com apoio da Microsoft, passou a oferecer para clientes brasileiros um plano de assinatura do chatbot (robô de bate-papo) que usa a inteligência artificial para produzir textos e “conversar” com os usuários, trazendo informações sobre diversos assuntos. O pacote “plus” custa US$ 20 por mês (cerca de R$ 105).
A OpenAI também disponibilizou o plano de assinatura para clientes de países da União Europeia e do Reino Unido. O valor pode ser pago com cartão de crédito local.
Com a assinatura, os clientes têm acesso ao ChatGPT mesmo em momentos de pico, quando o tráfego ultrapassa a capacidade dos servidores – o que tem sido uma reclamação frequente. Usuários da versão gratuita do ChatGPT têm relatado problemas de instabilidade do serviço.
A OpenAI informa que os assinantes terão prioridade no acesso a novos recursos e atualizações da plataforma, além de um processamento mais rápido de dados. O pacote de assinatura é a primeira experiência de monetização do ChatGPT, que não exibe anúncios.
A startup manterá a versão gratuita do chatbot. O ChatGPT está disponível no site da OpenAI e pode ser acessado gratuitamente por este link.
Sucesso meteórico
O sucesso do ChatGPT pode ser medido pela magnitude dos números alcançados pela plataforma em pouquíssimo tempo. Segundo uma pesquisa do banco de investimento UBS, o robô de bate-papo da OpenAI registrou 100 milhões de usuários ativos em janeiro, apenas dois meses após o lançamento, e se tornou o serviço digital com o crescimento mais rápido da história.
Para que se tenha uma ideia do que isso representa, o TikTok levou nove meses para alcançar a marca de 100 milhões de usuários mensais. O Instagram, dois anos e meio. De acordo com o UBS, 13 milhões de visitantes únicos acessaram o ChatGPT no mês passado, o dobro do número registrado em dezembro de 2022.
Inteligência artificial como negócio
Segundo especialistas ouvidos pelo Metrópoles, que já investem no ChatGPT, o modelo pode significar o início de uma “nova revolução” digital no mundo, capaz de mudar a forma como nos relacionamos com a tecnologia, como nos comunicamos e até como trabalhamos – além de ser uma excelente oportunidade de negócio.
“O que está se discutindo hoje é se a inteligência artificial é uma nova fronteira que vai muito além da internet, capaz de ser uma revolução na forma como os seres humanos se relacionam ou trabalham, por exemplo. Nós podemos estar diante de uma nova revolução. E é só o começo”, diz Felipe Nobre, CEO da Jera Capital.
