O CEO da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, afirmou nesta terça-feira (13/6) que cerca de 30 funcionários da empresa participaram da fraude na varejista. A afirmação foi feita durante a participação do executivo na CPI da Câmara dos Deputados que apura as razões do buraco de R$ 20 bilhões aberto na contabilidade da companhia.
Ainda segundo Pereira, essas 30 pessoas foram demitidas entre segunda (12/6) e a própria terça (13/6). No grupo, havia cinco diretores da Americanas, que já estavam afastados da empresa desde 3 de fevereiro. São eles Anna Christina Ramos Saicali, Márcio Cruz Meirelles, Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes, conforme fato relevante divulgado pela varejista.
Em depoimento aos parlamentares, Pereira, que assumiu o cargo em 15 de fevereiro, apresentou uma série de documentos com dados do balanço da empresa e trocas de mensagens entre executivos. Neles, o grupo de altos funcionários da varejista utiliza uma série de subterfúgios para maquiar o resultado financeiro da companhia.
Em um dos trechos, um dos diretores diz que, caso o grupo não conseguisse alterar dados negativos sobre o endividamento da companhia, o resultado seria “morte súbita”. Em outro momento, a mudança de documentos é abordada como uma questão de “vida ou morte”.
