Cenário externo derruba Bolsa e eleva dólar para além dos R$ 5

Valorização dos títulos da dívida dos EUA reduz apetite por risco dos investidores. B3 cai 0,82% e moeda americana sobe 0,17%, a R$ 5,001

atualizado 25/10/2023 18:10

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imagem colorida painel com cotações bolsa de valores - Metrópoles Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

O Ibovespa voltou a fechar em queda de 0,82% aos 112.829 pontos, nesta quarta-feira (25/10). O principal índice da Bolsa brasileira (B3) vinha de cinco recuos sucessivos e, na terça-feira (24/10), ensaiou uma recuperação. Mais uma vez, contudo, o indicador caiu, puxado pelo cenário econômico internacional. 

Nesta quarta, os títulos do Tesouro americano, os Treasuries, com vencimento em 10 anos, uma referência no mercado, voltaram a subir. Eles chegaram a ser contados a 4,92%, depois de terem alcançado 4,80%, na segunda-feira (23/10).

O analista Andre Fernandes, sócio da A7 Capital, observa que o retorno dos títulos de longo prazo dos EUA a um patamar próximo de 5% aumenta o interesse por esses papéis, que são considerados seguros pelo mercado. Isso diminui o apetite por risco dos investidores, o que afeta negativamente as ações em bolsa, em especial, nos países emergentes. 

Fernandes observa que a inflação americana continua pressionada. “Isso deixa espaço para mais uma alta de juros por parte do Fed (o Federal Reserve, o banco central americano)”, diz. A perspectiva dessa elevação faz com que o investimento em Treasuries se torne ainda mais sedutor.

O analista acrescenta que, entre as ações que compõem o Ibovespa, os destaques positivos ficaram com o Grupo Ultra, cuja valorização refletiu o aumento do preço-alvo da ação da empresa por parte do JP Morgan, e com a Raízen, que se beneficia da proposta do governo de aumentar a mistura de etanol nos combustíveis. 

No lado das maiores quedas, aponta Fernandes, ficaram as ações da Casas Bahia. “Isso reflete o péssimo momento do setor e o ceticismo dos investidores com a Black Friday”, afirma. A Weg também teve forte recuo, como resultado do balanço divulgado nesta quarta-feira pela companhia, que ficou abaixo das expectativas dos analistas.

Dólar

A elevação dos títulos americanos também afetou o dólar. A moeda americana fechou em alta de 0,17%, cotada a R$ 5,001, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,987 e a máxima de R$ 5,019. Na terça, ela havia encerrado a sessão abaixo de R$ 5, cotada a R$ 4,992. o que não acontecia desde 26 de setembro.

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