A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, concluiu uma oferta subsequente de ações (“follow-on”) e conseguiu levantar R$ 5,4 bilhões, com a entrada de recursos do fundo Salic, da Arábia Saudita, e um aumento de posição da Marfrig.
Segundo comunicado divulgado pela BRF na quinta-feira (13/7), a demanda pela oferta foi 20% maior do que a projeção inicial. Foram emitidos 600 milhões de ações a R$ 9 por papel.
A transação faz parte da operação de aporte feito pelo fundo saudita, que controla 31% da Minerva, e pela Marfrig. Esse investimento na companhia foi anunciado no fim de maio.
Com a demanda extra registrada na operação, a Marfrig fica com 33,3% do capital da BRF. Já o fundo Salic ficou com pouco mais de 10% de participação. Juntos, Marfrig e Salic aportaram R$ 3,4 bilhões na oferta.
O aumento de capital da BRF pode ser uma saída para contornar a difícil situação financeira da companhia. No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou uma dívida líquida de R$ 15,3 bilhões.
Nos três primeiros meses de 2023, segundo balanço divulgado pela BRF, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 1,024 bilhão.
De acordo com o CEO da BRF, Miguel Gularte, a empresa sofreu com “problemas conjunturais”, como a alta oferta de carne de frango no mercado global e o elevado patamar da taxa de juros no Brasil, o que afetou o consumo das famílias.
