As ações da Braskem lideravam as perdas na Bolsa de Valores do Brasil no início da tarde desta quarta-feira (20/9), depois de o BTG Pactual rebaixar a recomendação dos papéis da empresa.
Por volta das 12h15, as ações preferenciais da Braskem tombavam 5,29% e eram negociadas a R$ 21,87.
No relatório do BTG Pactual, o banco afirma que o crescimento da demanda tem se mostrado abaixo das expectativas, embora compensado por uma alta da oferta, o que garante força no abastecimento do mercado.
Entretanto, de acordo com a instituição financeira, a Braskem pode ter um segundo semestre ainda mais difícil do que o primeiro, enfrentando “ventos contrários significativos no curto prazo”.
“Acreditamos que estar posicionado no início da cadeia de suprimentos ou investir em pares mais baratos oferece uma relação risco-retorno mais atraente do que investir na Braskem neste momento”, diz o BTG.
Prejuízo no 2º trimestre
A Braskem registrou um prejuízo líquido de R$ 771 milhões no segundo trimestre deste ano.
O resultado negativo do período entre abril e junho de 2023 foi 45% menor do que o prejuízo registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 1,4 bilhão.
Nos três primeiros meses de 2023, no entanto, a Braskem havia obtido um lucro de R$ 184 milhões.
A receita líquida de vendas da petroquímica somou R$ 17,756 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 9% em relação ao mesmo período de 2022.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 703 milhões, o que corresponde a um recuo anual de 34%.
“Ao longo do 2º trimestre, o cenário de demanda global seguiu impactado em função, principalmente, do menor nível de consumo global como resultado das elevadas taxas de juros e da pressão inflacionária persistente; do efeito da desestocagem da cadeia de transformação; e da recuperação da atividade industrial da China abaixo das expectativas do mercado”, justificou a empresa.
