Bolsa recua com queda da Vale e crise da Americanas afetando bancos

A Bolsa encerrou a segunda-feira (16/1) em queda de 1,5%, influenciada pela desvalorização das ações da Americanas, Vale e bancos privados

atualizado 16/01/2023 19:31

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores (B3), encerrou a segunda-feira (16/1) em queda de 1,5%, aos 109.213 pontos.

Dois fatores ditaram o ritmo do mercado no dia: o derretimento das ações da Americanas e o contágio dessa desvalorização para os bancos credores da dívida da varejista, e o recuo nas ações da Vale causado pela queda na cotação do minério de ferro.

As ações da Americanas lideraram, novamente, as perdas do dia. Os papéis recuaram 38% e acumulam perdas de mais de 80% desde a semana passada, quando a varejista informou, na semana passada, ter encontrado “inconsistências contábeis” em seu balanço na ordem de R$ 20 bilhões.

O que se sabe até aqui indica que a Americanas manipulou dados do seu balanço financeiro para simular uma situação de endividamento menor do que a real.

Até que o rombo viesse à tona, as dívidas conhecidas da Americanas estavam na casa de R$ 20 bilhões. O valor real deve ser de mais de R$ 40 bilhões, o dobro do que se imaginava.

No final de semana, a notícia de que a empresa conseguiu, em uma ação judicial, evitar a execução das dívidas por bancos pegou o mercado de surpresa. A temperatura esquentou mais quando, ontem (15/1), advogados do banco BTG Pactual, um dos grandes credores da varejista, acusaram a varejista de fraude e alegaram que as irregularidades seriam conhecidas por Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, maiores sócios da Americanas.

A reboque da crise nas Americanas vêm as ações dos bancos. Todas as grandes instituições financeiras brasileiras têm algum grau de exposição à dívida da Americanas. Pelo risco de uma enxurrada de ações de cobrança de dívidas e do possível não pagamento de parte dos passivos, os investidores estão fugindo dos papéis do setor financeiro.

As ações do BTG fecharam o dia em queda de 3%. Já o Itaú e Bradesco caíram entre 2 e 3% na Bolsa. O Santander, banco que era presidido por Sergio Rial antes de o executivo assumir a direção da Americanas, recuou 4%.

Dólar e commodities

A Vale, ação de maior peso no Ibovespa, encerrou o pregão em queda de 1,7%. Os investidores reagiram à queda no preço do minério de ferro na China, evento que reduz as receitas com exportação da mineradora brasileira.

Já o dólar refletiu a piora na percepção de risco do setor bancário e registrou alta nesta segunda-feira. A moeda americana ficou cotada em R$ 5,15, com valorização de 0,9%.

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