O Ibovespa registrou queda de 0,40%, aos 118.288 pontos, nesta segunda-feira (18/9). De acordo com analistas, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) foi puxado para baixo por uma realização de lucros, momento em que as ações são vendidas, após um período de alta.
Na avaliação de Marcus Labarthe, especialista em mercado de capitais e sócio-fundador da GT Capital, a Bolsa também se manteve volátil ao longo do dia, na expectativa da definição dos juros no Brasil, por parte do Banco Central (BC), e nos Estados Unidos, pelo Federal Reserve (Fed). Ambos os BCs vão anunciar os valores das taxas na quarta-feira (20/9).
Para Labarthe, um dos destaques negativos do pregão foi a nova queda dos papéis da Via Varejo, o Grupo Casas Bahia, com baixa de 3,95%. “O mercado está apreensivo com a diluição dos investidores e a saúde financeira da empresa”, diz. “Além de estar encolhendo, ela divulgou recentemente o fechamento de 100 lojas e vem tendo dificuldades na captação de novos recursos.”
A redução do preço internacional do minério de ferro, nota o analista, também contribui para a queda da Gerdau, assim como a da Vale, que tem grande peso no Ibovespa. As preocupações com o setor imobiliário na China têm deixado os investidores cautelosos com o setor de mineração e siderurgia.
O dia também foi marcado por uma baixa das ações do Grupo Vamos, de locação de caminhões. Os papéis da empresa foram rebaixados pelo Bank of America. A indicação era de “compra” e passou a ser “neutra”.
Entre as maiores altas do dia, a liderança coube à Braskem. Ela ocorreu depois que a Petrobras afirmou estar realizando uma auditoria (“due diligence”, no jargão”) para eventualmente exercer o direito de preferência no caso de venda ações da empresa. A estatal é uma das principais acionistas da Braskem ao lado da Novonor (ex-Odebrecht), que quer vender sua participação no negócio.
Dólar
O dólar à vista fechou o dia em queda de 0,31% frente ao real, cotado a R$ 4,855.
