O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, abriu o pregão desta quarta-feira (13/9) em alta, com os investidores repercutindo os dados de inflação nos Estados Unidos, divulgados nesta manhã.
A inflação anual nos EUA acelerou para 3,7% em agosto, ante 3,2% do mês anterior. O resultado veio praticamente em linha com as estimativas da maioria dos analistas, que giravam em torno de 3,6%.
Já na base mensal, em relação a julho deste ano, a inflação americana foi de 0,6%, também acelerando em relação ao 0,2% do mês anterior. O resultado confirmou as projeções do mercado, que eram exatamente de 0,6%.
Por volta das 10h45, o Ibovespa avançava 0,6%, aos 118.672,01 pontos.
No dia anterior, o índice engatou a segunda alta consecutiva, fechando com ganhos de 0,93%, aos 117,9 mil pontos.
Inflação americana
A inflação nos EUA continua como foco de preocupação do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), responsável pela definição da taxa básica de juros no país.
O resultado de agosto era muito aguardado pelo mercado, em meio às expectativas pela próxima reunião do Fed, marcada para os dias 19 e 20 de setembro.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi elevada em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos.
A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação. Com o resultado de agosto, os investidores temem que a autoridade monetária americana suba os juros mais uma vez.
Inflação no Brasil
No cenário doméstico, o mercado financeiro ainda repercute com otimismo os dados de inflação divulgados na véspera pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,23% em agosto, puxado pelos preços da energia elétrica, acelerando em relação ao mês anterior (0,12%). O comportamento da inflação brasileira, por ora, se mantém “saudável”, de acordo com analistas ouvidos pelo Metrópoles.
Dólar
Em sentido contrário, o dólar operava em baixa na manhã desta quarta. Às 10h45, a moeda americana recuava 0,67% e era negociada a R$ 4,92.
No dia anterior, o dólar avançou 0,44%, a R$ 4,953. Com o resultado, acumula perdas de 0,04% em setembro e 6,18% em 2023.
